Jennifer Hermoso: a vida no México a afastou da polêmica do beijo não autorizado que lhe foi dado pelo presidente da Federação Espanhola (Foto: @Instagram Jennifer Hermoso)

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A seleção da Espanha comemora a vitória na Copa do Mundo feminina ee 2023 em Sidney, na Austrália: Jennnifer está atrás da segunda jogadora da fila da frente, com o braço tatuado erguido (Foto: Europa Press) (Foto: @Real Federación Española de Fútbol)

Ela hoje vive feliz em Monterrey, no México, longe do furacão mediático de mais de ano e meio em que figurou, depois de ter sido agarrada pela cabeça e beijada na boca, sem poder reagir, pelo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, cuja seleção feminina acabava de vencer a Copa do Mundo em Sidney, Austrália, a 20 de agosto de 2023. Jennifer Hermoso, 34 anos, meiocampista atacante com 330 gols em sua carreira, sofreu um cerco implacável da mídia, ofensas de todo tipo, ameaças de morte e um brutal stress que só conseguiu administrar com a ajuda de uma psicóloga.

Hoje se diz “apaixonada” pelo México, por Monterrey e por seu time, o Tigres, enquanto o presidente da Federação, Luis Rubiales, foi condenado pela Justiça dias atrás.

Em sua decisão, o juiz José Manuel Fernández-Prieto conferiu “plena credibilidade” às declarações da jogadora ao concluir que o beijo de Rubiales foi “de surpresa e sem consentimento”, e “com conotação sexual”, de forma que o ex-cartola foi condenado por “agressão sexual”. O Ministério Público queria um ano e meio de cadeia para o ex-presidente da Federação, mas o juiz, depois de ouvir mais de uma dezena de depoimentos e examinar com cuidado os vídeos mostrando a rápida cena, preferiu condenar Rubiales a uma multa de 10.800 euros (66 mil reais, redondos) e uma indenização à jogadora de 3 mil euros (pouco mais de 18 mil reais) por danos morais, além de impedir que ele se aproxime a menos de 200 metros dela.

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O beijo de Rubiales na jogadora: ele afirmou que foi consentido, mas depoimentos e evidências mostraram que não (Foto: @Antena 3)

Jenni, como é conhecida, começou no futebol no Atlético de Madrid aos 16 anos entusiasmada pelo avô, Antonio Fuentes, que foi goleiro do clube. Hoje muito experiente, passou depois por sete clubes, inclusive o sueco Tyresö, o Paris Saint-Germain, o Atlético de Madri de novo e o Barcelona, onde se consagrou, antes de se transferir para o Pachuca, da cidade do mesmo nome, no México, de onde passou ao atual Tigres. Está solteira, mas com frequência recebe amigos já feitos no México e vários da Espanha, os pais, e os irmãos mais velhos Rafael e Silvia na confortável casa com piscina que lhe permitem os estimados 300 mil euros que ganha por ano.

Sua única queixa de Monterrey é o calor, brutal mesmo para quem nasceu em Madrid, cidade de verões tórridos: na cidade mexicana, no verão, os termômetros chegam a bater nos 45 graus.

Apesar do sigilo que costuma cercar os grandes salários no futebol, inclusive hoje em dia o feminino, Jennifer seria uma das três jogadoras de futebol mais bem remuneradas do mundo.

Ela fez por merecer, ao longo da carreira:  foi sete vezes campeã na Liga Espanhola, cinco vezes na Copa da Rainha, duas na Supercopa da Espanha, uma na Copa da França e uma vez na Women’s Champions League.

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