747 VOLUNTEER STORY 01082015 Last summer, the number one 747, sitting at the Museum of Flight in south Seattle, was cleaned and given a fresh coat of paint to match the original paint job from 1969. The historic first Boeing 747, once a step away from a desert bone yard, looks a lot closer to the gleaming beast that rolled from a hangar in Everett on Sept. 10, 1968 thanks to a crew of mostly retired volunteers who have thrown their collective hearts and souls into this massive restoration project. 144098 © Foto: Seattle Times

Num belo dia de 2013 Dan Hagedorn, curador do Museu do Voo, em Seattle, no Estado norte-americano de Washington, avaliou o que restava do primeiro Boeing 747 construído, o RA-001 (ou simplesmente “número 1”), e concluiu que a restauração de uma peça como aquela seria algo inédito no mundo. Alguns meses depois, um ex-funcionário da Boeing chamado Dennis Dhein decidiu começar o trabalho.

Hoje, a diferença é gritante. O avião foi repintado e o equipamento em grande parte reparado, o que resultou em uma aeronave muito parecida com aquela que decolou em setembro de 1968 e foi aposentada só em abril de 1995. As informações são do jornal The Seattle Times.

O trabalho é tocado por um grupo de voluntários, a maioria trabalhadores do ramo já aposentados, no próprio Museu do Voo, que fica em um aeroporto pertencente ao conglomerado industrial aeronáutico americano Boeing. No mesmo local são exibidas aeronaves clássicas como bombardeiros B-17, as “Fortalezas Voadoras” celebrizadas pela II Guerra Mundial (1939-1945), e B-29, as “Superfortalezas Voadoras”, que chegaram a atuar na parte final da II Guerra e intensamente ao longo da Guerra da Coreia (1950-1953). Estão lá também o primeiro Air Force One (avião do presidente do Estados Unidos) a jato, o primeiro Boeing 787 e um Concorde supersônico.

Todo o esforço dedicado pelos voluntários à recuperação de um avião tão grande e inovador para a época rendeu à equipe de engenheiros responsável pelo projeto o apelido de “os incríveis”. A reconstrução do “número 1” ainda está longe do fim, tendo pelo menos outros dois anos pela frente. A lista a fazer é longa: substituir equipamento eletrônico na cabine, limpar as engrenagens internas, trocar pneus, consertar luzes de pouso, remendar o chão e as portas…

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Dennis Dhein, ex-funcionário da Boeing, troca equipamentos e faz reparos dentro da cabine © Foto: Mike Siegel/The Seattle Times

Apesar da utilização de novas tecnologias, o objetivo da restauração é a precisão histórica, preservando desde a escada em espiral para a cabine superior até os tecidos de época que cobriam os assentos. Essa postura, é claro, apresenta alguns desafios à equipe. As peças necessárias, por exemplo, são extremamente difíceis de localizar no mercado, e os planos originais de construção da aeronave não foram disponibilizados pela Boeing.

A solução: os engenheiros se voltaram a fotos antigas da cabine para copiar a disposição dos equipamentos, cujos equivalentes foram procurados nos lugares mais variados. Alguns pneus, por exemplo, foram doados por um funcionário de uma empresa que estava prestes a desmontar um 747 antigo.

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Antes de ser limpo e repintado, o RA-001 estava praticamente esquecido © Foto: Mike Siegel/The Seattle Times

Felizmente para a equipe de voluntários, nem tudo são provações nesse projeto. Atualmente, o Museu do Voo trabalha na construção de um teto para abrigar vários aviões em exposição, entre eles o Jumbo RA-001. Sem essa cobertura, o antigo avião revestido de alumínio não resistiria à chuva constante do estado de Washington.

Se tudo correr bem, em breve o público poderá ver o primeiro Boeing 747 restaurado à sua glória original — e até, galhardamente, voando.

ATUALIZAÇÃO
O primeiro Jumbo a ser construído terminou de ser totalmente restaurado em meados de 2014.
Está exposto no Museu do Voo de Seattle, nos EUA.

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