Senado: 36 das 54 vagas praticamente já têm dono, e 29 são da base do governo
A julgar pelas mais recentes pesquisas de intenção de voto disponíveis, já estão praticamente decididas 36 das 54 vagas no Senado que estão em jogo amanhã, domingo.
Sobre as 18 restantes é muito arriscado fazer prognósticos.
Desses 36 candidatos praticamente com eleição assegurada, nada menos que 29 integrarão o que hoje é a base de apoio ao governo Lula (e que poderá ser a de um governo Dilma), 7 são da oposição e 2 pertencem a partidos que apóiam Lula e Dilma, mas mantêm posição pessoal independente ou se opõem ao governo — Cristovam Buarque (PDT-DF) e Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).
Deixamos de incluir na relação abaixo a Bahia, cuja disputa entre César Borges (PR), Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT) está virtualmente empatada, mas de onde sairão 2 senadores governistas. E São Paulo onde, embora seguramente a base aliada do governo elegerá um senador — Netinho de Paula (PC do B) ou Marta Suplicy (PT) –, um dos dois poderá ser desalojado pela disparada nos últimos dias do ex-ministro da Justiça Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).
Ressalvadas reviravoltas de última hora, pode-se dizer que estão eleitos os seguintes candidatos, das seguintes unidades da Federação, por ordem alfabética:
Acre: Jorge Viana (PT)
Alagoas: Renan Calheiros (PMDB)
Amazonas: Eduardo Braga (PMDB)
Ceará: Tasso Jereissati (PSDB)
Distrito Federal: Cristovam Duarte (PDT)
Espírito Santo: Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PMDB)
Goiás: Demóstenes Torres (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB)
Maranhão: Edison Lobão (PMDB) e João Alberto (PMDB)
Minas Gerais: Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPB)
Mato Grosso: Blairo Maggi (PR)
Mato Grosso do Sul: Delcídio Amaral (PT)
Pará: Jader Barbalho (PMDB)
Paraíba: Cássio Cunha Lima (PSDB)
Paraná: Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffman (PT)
Pernambuco: Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB)
Piauí: Wellington Dias (PT)
Rio de Janeiro: Lindberg Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB)
Rio Grande do Norte: Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino (DEM)
Rio Grande do Sul: Ana Amélia Lemos (PP) e Paulo Paim (PT)
Rondônia: Ivo Cassol (PP) e Waldir Raupp (PMDB)
Roraima: Romero Jucá (PMDB)
Santa Catarina: Luiz Henrique da Silveira (PMDB)
São Paulo: Netinho de Paula (PC do B)
Sergipe: Antonio Carlos Valadares (PSB)
Tocantins: Marcelo Miranda (PMDB) e João Ribeiro (PR)
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Caro R. Setti :Como diz o filosófo : Suporta e abstem-se. Ou então: sigo meu destino, mesmo q não queria, tenho q faze-lo em Lágrimas !
Abs.
pORQUE OS grandes jornais nao deram o mesmo enfase a resposta do Ministro Gilmar Mendes? na hora de ataca-lo , a Folha e cia. fizeram carnaval.
Mas apurar a verdade, eles nao dao destaque.
Gilmar Mendes põe os pingos nos “is”
No Estadão:
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, nega ter recebido telefonema do presidenciável José Serra (PSDB) na quarta-feira antes de pedir vista no processo sobre a exigência de dois documentos para votar, interrompendo o julgamento que foi retomado na quinta.
“Eu não recebi ligação do Serra naquele dia. Isso é fantasia. E aquela coisa de que ele me chamou de “meu presidente” também é fantasiosa”, afirmou, negando o que foi noticiado pela Folha de S. Paulo. “Nós somos amigos e ele nunca me trata assim, nos chamamos pelo nome.” E acrescentou: “Aquela foto da Folha, sei lá o que foi… Serra estava tenso, e sei lá eu se ele não estava ligando para o presidente do Palmeiras?”
Para Mendes, “o que é realmente grave” está ficando em segundo plano. “Sabe o que é grave? Grave é ação do Marcio Thomaz Bastos em cima da maioria dos ministros que ele nomeou”, disse, referindo-se ao ex-ministro da Justiça.
“Grave é o marqueteiro do PT ter sugerido a mudança. Grave é a Justiça Eleitoral ter investido R$ 4 milhões na prestação de serviço aos eleitores, durante meses, para dizer quais documentos levar, e tudo mudar às vésperas do pleito.”
E completou. “Eu disse que ia pedir vistas para pelo menos tentar colocar um pouco de reflexão no processo.”
Caro Ricardo, boa tarde.
Olha, acredito que no RJ uma das vagas será do ex-prefeito Cesar Maia. Por que? As pesquisas por aqui são sempre errôneas. Numa das eleições para a prefeitura, as pesquisas indicavam Luiz Paulo Conde como disparado, inclusive na véspera. No dia seguinte, o da eleição, Cear Maia foi o vencedor. Os eleitores de Cesar Maia são pessoas cautelosos e discretos. Só manifestam-se na urna.
Quanto aos demais esados, somente a lamentar, especialmente em SP, PE,PI,RR, e PA.
Saudações democráticas!!!
Sendo assim o governo tambem vai dominar o senado e como ele(governo) ja decide pela camara e o judiciario esta com os 3 poderes na não, mas vai ter que entregar no minimo 60% ao PMDB para ter esta força e resta apenas uma esperança que é a briga de quem vai roubar mais e rompa esta aliança
Caro Ricardo Setti,
Aqui no Espírito Santo a eleição está em aberto ainda!!
Rita Camata é candidata e mulher do ainda senador Gerson Camata, que também foi ex-governador. Ele é adorado no interior do Estado onde tem maciças votações.
As pesquisas de intenção de voto não consegue atingir tanto o eleitor de Rita.
Se ela vencer, não será surpresa alguma.
Obrigado por sua opinião de capixaba, caro Bruno. Você está aí, vive neste lindo estado e deve saber bem do que fala.
O problema é que as pesquisas de intenção de voto, todas, que tenho consultado dão a Rita Camata bem atrás do Magno Malta e do Ferraço. Foi com isso que fiz a previsão.
Admiro a deputada por sua atuação no Congresso, embora nem sempre concorde com suas idéias.
Aguardemos a voz das urnas, né?
Abraço e obrigado pela visita. Volte sempre.
Ricardo Setti
Caro Setti, boa tarde.
Se a Dilma ganhar as eleições, como está se encaminhando, terámaioria no Congresso Nacional. Creio que isso não seja bom para o país. Se no governo Lula o Senado foi o contrapeso, freando os arroubos pouco republicanos do Palácio do Planalto – embora não tenha havido oposição sistemática em nenhum momento por parte dos partidos que deveriam fazê-la.
Com maioria nas duas casas, o governo vai fazer o que der na telha, tendo um mínimo de resistência.
Acho que as nuvens estão ficando pesadas sobre o nosso querido e paquidérmico país.
Abraços
Eddie Moraes – Itajaí – SC
Por favor, desconsidere o comentário anterior, pois ficou incompreensível.
Caro Setti, boa tarde.
Se a Dilma ganhar as eleições, como está se encaminhando, terámaioria no Congresso Nacional. Creio que isso não seja bom para o país. Se no governo Lula o Senado foi o contrapeso, freando os arroubos pouco republicanos do Palácio do Planalto – embora não tenha havido oposição sistemática em nenhum momento por parte dos partidos que deveriam fazê-la – com maioria nas duas casas, o governo Dilma vai fazer o que der na telha, tendo um mínimo de resistência.
Acho que as nuvens estão ficando pesadas sobre o nosso querido e paquidérmico país.
Abraços
Eddie Moraes – Itajaí – SC
setti, porque não tem endereço de mail para se falar com vc?
Cara Tereza,
A forma de se comunicar com os blogueiros é por meio dos comentários.
Cheguei há pouco tempo, vou indagar se os demais blogueiros têm e-mail da Editora Abril aberto aos leitores.
Você quer comentar algo especial, ou tratar de algum assunto em especial? Lembro que as mensagens que recebo via comentários só vão a público depois de mediadas por mim, por meio de um mecanismo de aprovação existente na ferramenta de gestão do blog.
Um abraço do
Ricardo Setti
Setti,
vamos aguardar as urnas. Fosse assim tão fácil, não precisaríamos votar.
Ricardo, o que está me deixando mais chateado até agora é a indefinição sobre a situação dos Ficha suja.
Não sou advogado, mas com uma leitura leiga da nossa constituição acho, desde o início, que a lei é cheia de inconstituicionalidades. Primeiro, vejam o artigo 15 da Constituição:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
O inciso III reza que haja sentença transitada em julgado para o cidadão perder seus direitos políticos.
Também tem haver com os direitos e garantias fundamentais, no artigo 5o abaixo:
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Todo o artigo 5o não pode ser objeto de emenda constitucional. Certo?
A meu ver, enquanto houver possibilidade de recurso, o réu mantém seus direitos políticos. Acho que só o ministro Marco Aurélio quis discutir a lei sobre esse ponto de vista. Caso plenário de juízes decretem a culpabilidade de um réu, não quer dizer que no seu próximo recurso, numa instância superior, ele não seja declarado inocente.
O artigo 16, que foi o objeto de voto dos cinco juízes que votaram contra a lei reza:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Mais uma vez a minha opinião é que também só poderia alterar as regras para a próxima eleição acompanhando o votos dos cinco juízes que votaram contra a lei. Não tem base a afirmação de que a lei só define uma condição para que o político coloque sua candidatura. Isso é uma regra para o processo eleitoral.
Notem, não sou advogado. Mas acho que se para barrarmos os ficha suja vamos ter de desrespeitar a constituição é melhor parar por ai.
Os problemas se encontram sim na lentidão do judiciário e no foro privilegiado. Façamos uma campanha para acabar com eles, mantendo somente para o Presidente da República.
Admirei a coragem dos cinco ministros que votaram contra a opinião pública, mas essa tem de entender que mesmo as suas propostas tem de respeitar os preceitos constituicionais dos quais o STF é seu guardião.
Um abraço.
Caro Sergio,
Já vão longe meus anos de estudante de Direito na Universidade de Brasília.
Mas aqui de meu canto eu modestamente também acho que a aplicação da lei para estas eleições é inconstitucional. Concordo com você.
Seria ótimo que se pudesse aplicar imediatamente, mas, democrata e legalista que sou, para mim a Constituição — mesmo com as falhas que a nossa ainda tem, depois de meia centena de emendas — está acima de tudo e de todos.
Um abração e obrigado por estar seguindo o blog a uma hora destas.
Ricardo Setti
Aqui em Sergipe,a surpresa será Antonio Leite e José Carlos Machado aguarden e confiram
Sou mineira mas voto em São Paulo.
Ainda bem, pois no Aécio Silverio Neves, não votaria nem para síndico, ou melhor, porteiro do meu predio.
Meu voto é do Aluisio.