Paisagem típica de Myanmar, em sua antiga capital, Pagan, que tem 2.000 monumentos budistas (Foto: @Myanmar Tourisme)

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Uma viagem por Myanmar

Foram três semanas de viagem – 24 horas em um barco – em uma das regiões mais exóticas, remotas e inacessíveis do mundo, atravessando Myanmar (a antiga Birmânia, há 51 anos fechada ao mundo por uma ditadura militar que agora se abranda), de  Yangon a Pathen, passando por lugares misteriosos e belos como Dhala, Ngwe Saugn, Bagan, Mandalay e o Lago Inle. Berta Tilmantaite, jornalista, fotógrafa e escritora lituana, acompanhada de um amigo tunisiano, registrou tudo em vídeo.

Com sua cultura inteira baseada no budismo teravada, que tem como influência os elementos da natureza, Mianmar é palco da ditadura militar que se esconde sob o nome de Conselho de Estado para a Paz e o Desenvolvimento – tendo desde 1992 um general, Than Shwe, que recentemente começou a dar passos rumo a uma abertura democrática.

As décadas de ditadura mantiveram o país fechado, mas também virtualmente intocado pela destruição da natureza que muitas vezes é trazida pelo progresso. Os percalços não retiraram dos birmaneses o sorriso fácil, a cordialidade, o colorido.

Este vídeo, A handful of Myanmar (Um punhado de Mianmar, em tradução livre) um presente para os olhos, e para os ouvidos, com a trilha sonora de Reid Willis, mostra, entre outras coisas, um lugar simples e belo, onde as pessoas gostam de ser fotografadas, e acompanham curiosas os movimentos dos turistas, em meio a uma paisagem incrível.

ATUALIZAÇÃO A 2 DE FEVEREIRO DE 2025
O lento processo de abertura política em Myanmar culminou com eleições em 2015, com uma arrasadora vitória da oposição reunida na Liga Nacional pela Democracia, tendo à frente a ativista e pacifista Aung San Suu Kyi, que havia em 1991 recebido o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra a ditadura, mesmo estando, então, sob prisão domiciliar.
Com a vitória eleitoral, Aung San Suu Kyi foi escolhida Conselheira de Estado, na prática presidente do país. A democracia durou pouco, pois um novo golpe militar em fevereiro de 2021 colocou novamente o país sob controle de uma juntar militar, chefiada por um general de 68 anos, Min Aung Hlaing. Muitos líderes e ativistas civis foram presos, inclusive Suu Kyi, que até a data desta atualização continuava em prisão.

A handful of Myanmar from Berta upe Tilmantaitė on Vimeo.

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3 Comentários

Marco em 04 de dezembro de 2013

D. Setti, Não gostei das imagens,achei uma tentativa de passar uma imagem de fracos e pobres e de impor um ideal. Q nada tem haver com espiritualidade budista ou de um dia de discípulo. E tb carregado de ideologia externa. Esse vídeo o Correio tvz pagaria R$ 1 milhão de reais, num estado sério de cultura seria considerado IMAGÉTICO! Abs.

jorge em 04 de dezembro de 2013

Caro SETTI: Ontem 03/12/2013 por volta de 23:16 Hs,ao ler no blog do genial Reinaldo Azevedo sobre a matéria do Jornal Nacional com o título: "dono"do hotel que José Dirceu quer trabalhar é um panamenho pobre... É espantoso! comentei da seguinte Maneira. Caro Reinaldo: Eu,você,Setti,Lauro Jardim,Augusto Nunes,Rodrigo Constantino,Caio Blinder,Antonio Ribeiro,Lobão e demais reacionários brasileiros temos o dever de enviar essa denúncia para o ministro da justiça,afim de que êle possa enviar as mesmas para a POLÍCIA FEDERAL,Para o Cade,para o MINISTÉRIO PÚBLICO,para os Presidentes do SENADO E DA CÂMARA,para a PRESIDENTA DILMA,afim de que todas as providências seja tomadas e caso haja crime ou crimes sejam responsabilizados os criminosos. Li uma matéria na VEJA em que o ministro da Justiça declarou que qualquer denúncia que chegar a ele,como ministro ele tem que mandar investigar. Chego a conclusão que esse panamenho é um laranja nesse esquema e que Paulo Masci de Abreu,com uma cota de apenas 1 real é um tremendo bricalhão. Vai ministro da justiça,o senhor é tão probo,tão correto que certamente não vai abafar mais esta. Como diz o Augusto Nunes,vai que é sua ministro.

Marco Balbi em 03 de dezembro de 2013

Setti, acredite se quiser! Ainda não conheci este lindo lugar! Minha mulher pretende que um dia eu a leve até a Ásia! Mas, durante meu curso de Estado-Maior em Fort Leavenworth tive um companheiro oficial do Exército de Myanmar, inclusive possuía uma cicatriz resultado de ferimento em combate. Pois bem, alguns anos depois este oficial, coronel, veio a ser o primeiro embaixador do país dele aqui no Brasil, instalando a Embaixada em Brasília. Estive algumas vezes com ele, quer em Brasília, quer aqui no Rio.

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