O grande Johan Cruyff, um dos maiores craques da história e que fez do Barcelona o colosso que é hoje (Foto: @Reprodução vídeo de "El País")

Image
Cruyff: genial como jogador, técnico e, hoje, inspirador do maior time do mundo, o Barcelona (Foto Claudio Versiani)

O maior time de futebol do mundo da atualidade, o Barcelona, recebeu por anos a fio a magia de seu jogo quase incomparável — para mim, só Pelé o superou — e, depois, sua genialidade também como treinador. A herança do grande Johan Cruyff, todos reconhecem, ficou. É ele o grande inspirador do futebol-espetáculo ganhador do Barça, que herdou muito da espetacular “Laranja Mecânica”, o supertime da Holanda que encantou o mundo na Copa de 1974, na Alemanha.

A serviço da excelente Revista ESPN, o jornalista Daniel Setti entrevistou esse gênio para a edição de janeiro. E sendo, além de um ótimo jornalista, também meu filho, resolveu fazer uma surpresa ao pai: comprou uma camisa oficial da seleção da Holanda e, ao final da entrevista, explicou a Cruyff minha admiração de décadas pelo craque, pelo treinador e pelo cidadão que ele é, e solicitou-lhe uma dedicatória. Cruyff gentilmente topou (veja na foto abaixo) e, no Natal, recebi do filho de presente-surpresa a camiseta, com os dizeres estampados em tamanho grande na frente: “Para Ricardo, Johan Cruyff”.

Leiam a entrevista, que vale a pena. Uma lição para nossos jogadores, técnicos e cartolas.

Image
Cruyff com Daniel, autografando a camiseta… para mim

O senhor grisalho de 63 anos que cumprimenta a reportagem, rosto queimado de sol e rabiscado por sadias rugas, tem cadeira cativa ao lado de Pelé, Garrincha, Di Stefano e Maradona no camarote sagrado de imortais do futebol. Mesmo assim seus belos olhos azuis, que nesta fria e ensolarada manhã outonal de Barcelona combinam com uma camisa da mesma cor e um moderno casaco lilás, preferem transmitir respeito e seriedade a afetação e arrogância.

Ainda que seja rico, famoso e venerado desde que, há quatro décadas, revolucionou o futebol dentro de campo – com dribles, movimentação imprevisível e gols – e fora dele (foi o primeiro jogador a ter patrocínio individual, da marca Puma), anda literalmente com os pés no chão.

São suas próprias pernas que o levam diariamente de sua casa ao charmoso casarão-sede da fundação que tem seu nome, ambos no elegante bairro de Bonanova, na zona norte da cidade catalã. Pendurou as chuteiras há 26 anos, levando consigo 22 canecos, três Bolas de Ouro e 425 gols oficiais, e aposentou a prancheta de treinador há 14 (acumulando outros 14 troféus), mas suas opiniões a respeito do mundo da bola têm cada vez mais peso.

Não só pela agudeza e pela firmeza de suas ideias – expostas nos artigos que escreve no jornal catalão El Periódico –, mas principalmente por suas iniciativas em prol da educação e do estímulo ao esporte. Este senhor grisalho, um holandês que se recusa a se acomodar nos mimos da idolatria e rejeita o senso comum, chama-se Johan Cruyff.

O responsável pela eternização da camisa 14 é sinônimo de futebol moderno em qualquer capítulo de sua biografia. Como jogador, nos primeiros anos colocou a Holanda no mapa ao ganhar incríveis três Copas dos Campeões da Europa (hoje Champions League) seguidas com o então pouco expressivo Ajax (1971, 72 e 73) para depois encabeçar a Laranja Mecânica, mitológica seleção de seu país na Copa de 1974.

(Veja no vídeo abaixo uma sucessão de lances de Cruyff com a famosa camisa 14, que virou sua marca:)

httpv://www.youtube.com/watch?v=pvr-yhlGRVc

Contratado pelo Barça em 1973, enlouqueceu os torcedores culés com não apenas seu jogo, mas também seu atrevimento – desafiava árbitros e policiais – e sua rebeldia (fumava e usava cabelo comprido). Identificou-se a tal ponto com as culturas barcelonesa e barcelonista que até hoje vive na cidade, fala espanhol com sotaque catalão (exagerando o som do “l”), viu o caçula de seus três filhos vestir o manto azul-grená (Jordi, hoje atuando em Malta) e apenas recentemente deixou de ser presidente de honra do clube por desavenças políticas com o novo presidente, Sandro Rosell.

Image
Cruyff: 22 canecos, três Bolas de Ouro e 425 gols oficiais

Após passagem pelo futebol norte-americano e um retorno à Holanda, voltaria ao Camp Nou para fazer história como técnico do dream team do Barcelona no início dos anos 1990, enquadrando gênios indomáveis como Romário e Stoichkov e faturando quatro campeonatos espanhois consecutivos e a primeira das três copas europeias ostentadas hoje pela equipe.

“Cruyff deixou no Barcelona um testamento ideológico, trabalhado sobre o gosto futebolístico do espectador, a quem ele educou”, disse recentemente o argentino Jorge Valdano, diretor de esportes do maior rival do Barcelona, o Real Madrid. “A ponto de que hoje é impossível triunfar no Barcelona sem jogar bem o futebol. Em Barcelona, ele é como o Oráculo”, conclui.

Valdano não poderia ter sido mais preciso. O que Johan Cruyff fez em suas passagens pelo clube catalão como jogador (1973-1978) e técnico (1988-1996) reverbera indiretamente, por exemplo, na impressionante performance do Barça de Messi na humilhante goleada sobre os merengues por 5 a 0 quatro dias após esta entrevista.

Não fosse a propagação das convicções imutáveis de “El Flaco” (“O Magro”) de que o futebol deve ser jogado sempre de maneira ofensiva e artística, provavelmente o atual melhor time do mundo, comandado desde 2008 por seu pupilo Pep Guardiola, não existiria. O próprio técnico disse após a goleada que boa parte da “culpa” por seu Barça é e seu mestre. Algo aparentado com a definição de Cruyff sobre os futebolistas: “O jogador é uma espécie de artista, e o público tem de se divertir”.

Image
Cruyff atuando como treinador do Barcelona

“O Barcelona definiu seu estilo de jogo desde que Cruyff se converteu em seu treinador, e este estilo ofensivo encantou a torcida e mudou a própria filosofia do clube, que desde então sempre procura respeitar este direcionamento”, teoriza o jornalista espanhol Jorge Ruiz Esteve. “E como jogador, Cruyff foi um símbolo, porque era um jovem europeu moderno, que tinha cabelo comprido e andava com uma mulher de minissaia em plena ditadura franquista espanhola”, ressalta o historiador do Barça Carles Santacana Torres.

Neste encontro exclusivo com a ESPN, na sala de estar de sua fundação, o astro repassou todas as fases de sua trajetória, falou sobre sua relação com Romário, elegeu a nova Laranja Mecânica e criticou a retranca de Brasil e Holanda em 2010. “O time que trai seu estilo de jogo não pode obter sucesso”. Com vocês, Johan Cruyff.

O senhor transformou-se em sinônimo de futebol moderno e ofensivo. Qual é a origem dessa definição?

Começou há muitos anos e não teve a ver só comigo, mas também com o Ajax dos anos 70. Na Holanda eles são muito exigentes, e as pessoas que vão ao estádio querem curtir. Tudo aconteceu muito rápido. Em 1964, 65 eu era apenas o segundo jogador profissional, tínhamos muitas limitações. E em 1969 já jogamos a final da Copa da Europa com o Ajax [perdeu a decisão para o Milan, em Madri]. Em três ou quatro anos houve enormes mudanças. Era algo totalmente diferente. Por exemplo, os zagueiros não se conformavam em apenas defender, também queriam atacar. O futebol que jogávamos era o de que todo mundo gostava e de que até hoje, 30 e tantos anos mais tarde, ainda gosta. E é praticado por times como o Barcelona.

Como treinador, quem foi ou é o “novo Cruyff”?

Bom, agora o mais conhecido é o Guardiola. Porque tem a mesma filosofia e administra com sucesso o mesmo problema que tinha como jogador. Era um volante defensor assim [faz um sinal com um dedo indicando a magreza de Guardiola], mas quando tinha a posse de bola, podia ser muito bom. E o Barcelona de agora é um exemplo a ser seguido na mesma linha, porque o Xavi é baixinho, o Iniesta é baixinho e o Busquets é alto, mas também é assim [faz o mesmo gesto com o dedo].

O que um técnico tem de trabalhar em um jogador “assim”?

Em primeiro lugar, a técnica e a qualidade. Então a bola tem de ser sua amiga, mas muitas vezes ela é sua inimiga, porque está em todas as partes. Isso é importante. E, digo outra vez, você está jogando para o público, e o público paga. É uma espécie de artista, e as pessoas têm de se divertir.

Mas futebol é só diversão?

Bom, como se trata de um esporte – e isso é o principal problema que enfrentam os dirigentes –, temos um negócio nas mãos, um negócio em que colocamos emoções, portanto muito difícil de administrar. Por isso você tem que conhecê-lo bem de dentro. Se você não o viveu, é muito difícil saber administrar bem. Passei por todas as etapas para conhecer todos esses detalhes com destaque. Por exemplo, nos Estados Unidos [NR: Cruyff jogou no país entre os anos 1978 e 1982, passando por três equipes], o marketing esportivo estava muito mais à frente que no resto do mundo. E ali se podia aprender a respeito do que é o negócio do futebol. É uma questão de educação. Nos Estados Unidos você vai para a Universidade por fazer esporte, enquanto na Europa ou na América do Sul, estudar e praticar esportes ao mesmo não é possível. É o maior absurdo que há. Com nossas organizações, estivemos em São Paulo. Os números são chocantes. Por exemplo, entre 80 jogadores que já haviam participado de alguma Copa do Mundo, cerca de 15, ou seja 20%, se encontravam abaixo da linha de pobreza! E estou falando do país do mais alto nível [futebolístico]. É um desastre total, não só para o jogador, mas para qualquer criança que o tenha como um herói e o veja caindo.

No Brasil os jogadores planejam ganhar todo o dinheiro que possam enquanto estão em atividade, a chamada “independência financeira”, porque acreditam que não têm como garantir o que vem depois…

Se você não tem inteligência por não ter sido educado… ou melhor dizendo, se você não está acostumado a viver fora do futebol, é muito difícil. Porque o futebol é uma vida irreal: todos os dias você está em um jornal; todos querem saber sobre a sua vida; e você não sabe nada, sabe só jogar futebol. Mas a carreira termina quando você tem 35 anos. O que fará depois? Não há nenhum clube que se preocupe com isso. É um desastre pela simples razão de que o futebol no mundo, sobretudo no Brasil, é um aspecto importantíssimo da vida. Eu estive lá e vi todo mundo correndo, fazendo exercícios, praticando esportes. E deixam cair todos os seus heróis!

Qual é o perfil dos alunos de seu instituto? Ex-jogadores?

Ex-esportistas, não só do mundo do futebol. Os ex-jogadores são os mais difíceis, ganham muito dinheiro. Sobretudo para esses a necessidade de saber algo é importantíssima. Sempre você pode gastar dinheiro para viver bem, mas jogar dinheiro fora é absurdo.

Que lembranças o senhor tem da partida em que a Holanda eliminou o Brasil na Copa de 1974 por 2 x 0?

Muito boas porque ganhamos [risos]! Não, é que jogamos muito bem aquele mundial. Foi mais ou menos a consolidação do futebol holandês. Ainda se assistia pouco ao futebol de clubes porque haviam menos aparelhos de TV. As pessoas conheciam muito pouco a nossa seleção, foi a revolução total. Já estávamos jogando daquela maneira havia quatro ou cinco anos.

Mas e como foi chegar para enfrentar a então tri-campeã mundial, mesmo com essa bagagem de vários anos de futebol bem jogado?

O Brasil naquela época estava mudando. Quer dizer, nos anos 50 e 60 mandavam os peloteros (NR: expressão espanhola para jogadores habilidosos), e em 1974 dominava a força. Havia uma grande diferença com a gente, que íamos na direção contrária à força, fomos com a técnica. Técnica e inteligência.

Não chegou nem a ser um jogo difícil?

Bom, era o Brasil. Mas nós éramos muito melhores futebolisticamente, éramos o que eles haviam sido antes. Eles passavam por uma mudança de mentalidade, indo mais para o lado físico. É preciso ter em conta que, quando você tem sucesso, há muitos outros garotos te assistindo, e eles sempre pensam que podem fazer melhor do que você.

Na opinião do senhor, existiu ou existe algum time ou seleção com estilo de jogo parecido ao da Laranja Mecânica?

Agora o Barcelona é mais ou menos assim. Sempre com a combinação entre jogar bem, dar espetáculo e ganhar. Muitas vezes uma ou duas dessas três fases falha.

O senhor foi técnico do Pep Guardiola, que é agora o comandante deste super Barça. Como era ele quando começou a ser jogador?

Ele era mais ou menos como todos os meninos que são pequeninos e jogam bola na rua. E se você é assim, se não tiver habilidade, quando chegam os maiores, você cai. E como se evita isso? Com controle, movimentos e ações e visão mais rápidos do que o resto. O Guardiola tinha muito pouco físico, então para jogar bem e não ser fisicamente forte, há que ter muita inteligência. E assim, com inteligência e visão de jogo, você pode conseguir mais. Ele mandava em campo, e se você manda em campo, quando é jogador, a lógica é que você possa fazer isso quando treinador.

A Holanda de 2010 traiu a tradição “joga bonito” do futebol do país?

Sim, sim. Foi mais ou menos como o Brasil de 1974. Se faltava a técnica, eles iam dar [pancadas]. Isso aconteceu com o Brasil daquela Copa, eles não conseguiam, então deram.

O senhor chegou a dizer que não pagaria ingresso para ver a Seleção do Dunga. O Brasil merecia ganhar o jogo das quartas-de-final contra a Holanda, nesta última Copa?

Nesta Copa? Podia ganhar qualquer um dos dois, mas o que foi mais decepcionante é que ambos traíram o seu jogo. E não tem sentido.

Então se uma equipe trai o seu estilo de jogo tradicional…

[Interrompe a pergunta] Nunca pode obter sucesso.

Mas o Brasil fez isso em 1994. Ganhou com um futebol muito diferente ao que normalmente se identifica como “estilo brasileiro”. Este triunfo tem menos valor?

Sim, tem menos valor. Porque ganhar, a cada quatro anos alguém ganha. Mas é a memória a que fica. Eu não sei, por exemplo, quem ganhou em 1960 e não sei quanto, 1966, ou 1970 e tanto. Eu não me lembro. O que eu me lembro é que o Brasil havia ganho em 1958. Porque tinha uma quantidade de jogadores tão bons que a gente via e dizia ostras! [NR: expressão espanhola para “caramba!” ou outra interjeição semelhante]. O mesmo [com a Holanda, que não venceu] em 1974. Ainda agora, 36 anos mais tarde, se fala disso. E a partir dali, muitos outros ganharam, mas de quem se lembram?

Muitos ex-astros do futebol como o senhor, quando se aposentam, se abstêm de uma visão mais crítica não apenas sobre o futebol, mas também com relação a outros assuntos. Por que o senhor acha que acontece isso?

Acho que é consequência do sistema existente. Em minha maneira de pensar, [por trás do jogador] há uma pessoa. E esta pessoa tem que ser educada em três níveis: a técnica de futebol propriamente dita, o caráter e a inteligência. Se falta um desses elementos – e normalmente, em linhas gerais, nenhum clube ou federação de nenhum esporte não faz nada por caráter ou inteligência – automaticamente, do que esse esportista vai viver depois? Ele vai a um programa de TV e não sabe falar direito… Se você educar bem os jogadores – e a administração esportiva tem muitos ofícios diferentes – eles podem vir a ser minimamente eficientes [depois de encerrada a carreira].

E nem depois de tanto tempo os clubes têm percebido isso?

Agora é o momento em que estão começando a se dar conta. Mas ainda dá para contar nos dedos de uma mão. E isso inclui o trabalho de base. O Barcelona, por exemplo, pode comprar só um ou dois jogadores por ano, porque revela não sei quantos do futebol de base. Por isso há sete ou oito da seleção da Espanha que são do Barcelona, era assim com o Ajax e seleção holandesa também. Se não for assim, nunca há dinheiro. Mas muita gente não pensa assim.

E o Real Madrid das duas últimas temporadas é um exemplo disso, ou seja, de que não necessariamente se arruma a casa gastando centenas de milhões de euros?

Sim, você pode conseguir as coisas a curto prazo, mas o futebol é inteligência e qualidade, mas também um pouco de amor. Se não, só o dinheiro não funciona.

E por falar em Barça, como é o seu relacionamento com o clube após a eleição do novo presidente, Sandro Rosell? Vocês sempre tiveram muitas divergências…

Bom, agora há pouca relação, porque não estou muito de acordo com as coisas que eles fazem. Cada um com a sua opinião. Eles vivem a vida deles, eu vivo a minha.

Uma das primeiras medidas que Rosell tomou como presidente do Barcelona foi colocar seu título de presidente de honra do clube para votação entre os sócios, decisão à qual o senhor reagiu com a devolução do cargo. Por quê?

Bom, eu devolvi porque se você tem um título de honra, tem que ser dado por inteiro. Não sei se houve razões políticas, mas também isso não me preocupa.

O presidente anterior, Joan Laporta, de cujo conselho administrativo o senhor participava, tem sido muito criticado por ter pego carona em seu sucesso no Barça para lançar-se como político [no final de novembro foi eleito deputado na Catalunha]. O que o senhor acha dessa atitude dele?

Eu não tenho nada com a política. Cada um tem que procurar o seu caminho e o que quer fazer, é problema dele. Eu só penso assim: se você vai ao colégio e recebe uma nota 8, está contente com o resultado, mas fez algo 20% errado. É algo típico daqui [da Espanha] não estar contentes com este 80%. É impossível trabalhar e fazer tudo bem. Depende de como você vê. Para mim, um aluno com nota 8 é um aluno perfeito.

Desde fora, como o senhor analisa as diferenças entre a gestão do Joan Laporta, vencedora mas polêmica, e a do Rosell?

É muito difícil. Mas o que impressiona é que esta administração [atual] celebra os títulos do ano passado, que foram seis, e ao mesmo tempo julga o presidente que conquistou todos. É totalmente louco isso. Com certeza, quando você trabalha você comete muitas falhas, talvez algumas delas grandes, mas também não posso opinar porque não estou tanto lá dentro. Há coisas que merecem respeito por um lado, e por outro lado são ruins. Há muitas coisas que creio que poderiam melhorar muito.

Como por exemplo o quê?

Um dos melhores jogadores do mundo hoje em dia é o Messi, mas ele não fala inglês. Não pode falar com a metade do mundo. Por que não ensiná-lo?

Falando em idiomas, as alas mais radicais do barcelonismo não gostam muito do fato de o senhor, mesmo com a enorme identificação que possui com o Barça e a Catalunha, preferir o espanhol ao catalão para responder as perguntas em entrevistas [Cruyff usa o espanhol mesmo quando as perguntas lhe são inteiramente dirigidas em catalão]

Sim, mas eu sou um cara do mundo. Falo inglês, falo holandês, entendo catalão, alemão. Por que tenho que me fechar? Eu quero abrir, ao invés de fechar. Há que ter mais visão. Isso não é política, mas é uma maneira de ver. Eu vejo a vida mais ampla, não fechada.

Especula-se muito sobre a sua relação com o Romário, quando o senhor foi o técnico dele no Barcelona na época do chamado Dream Team. Como era a sua convivência com ele?

Muito boa. Muito boa.

Ele costumava dizer do respeito que tinha pelo senhor, coisa que não fez por muita gente.

Tínhamos uma relação muito aberta, muito boa. E além disso palavra era palavra. Ele nunca me mentiu, e eu nunca menti a ele. E eu acho que ele era um grandíssimo jogador, um dos melhores que havia. Agora há pouco estávamos falando do Messi; pois o Romário era um tipo de Messi. Sem nenhuma dúvida.

Existe uma lenda sobre ele ter negociado com o senhor uma ida ao Brasil de folga em troca de marcar gols no clássico Barcelona x Real Madrid. Segundo se conta nos bastidores ele teria prometido os três gols que acabaria fazendo na vitória culé por 5 x 0. É verdade?

Claro! O trato era assim: a nós nos interessa ganhar, e se você quer três dias de folga, para mim dá na mesma. O número de gols que você marque, pode tirar o equivalente em dias de folga.

Mas existiam acordos parecidos com outros jogadores?

Depende. Se tivesse ocasião, claro. Sempre falei com os jogadores, eram todos bons. E fazíamos acordos, o jogador poderia ter alguma vantagem, se os cumprissem.

Outro boato envolvendo o seu nome com outro astro brasileiro é o que o senhor teria desaconselhado a Laporta a contratação do Ronaldinho. É verdade?

Não é verdade, não é verdade. Ele era um grandíssimo jogador, com pouca disciplina e muita qualidade, e que também ainda não havia feito nada. O que havia feito até então ? [NR: o ano era 2003, e Ronaldinho já fora campeão do mundo com o Brasil no ano anterior]. Portanto, não havia porque estar contra ou a favor. E na época o técnico para cuidar disso, o Rijkaard, era muito bom em relacionamentos, além da parte futebolística.

Quando o senhor era técnico, era difícil administrar este lado de relacionamento entre os jogadores?

Não, não. As coisas eram bastante claras. Cada um tinha a sua qualidade, e se esperava que cada um exercesse essas qualidades. Então se algum se desviava, de alguma maneira, não jogava. As coisas são bastante simples, se você sabe como vê-las.

O Romário nunca gostou de treinar.

Mas depende de que tipo de treinamentos. Nunca tivemos problemas porque se você diz “odeio correr”, não te coloco para correr. Mas podia colocar para fazer outras coisas.

O Romário foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro com quase 150 mil votos. O que acha dessa nova empreitada dele?

Eu falei com ele. É muito bom ele querer ajudar a tantas outras pessoas, mas me preocupa se não der certo. Pode ser ruim para a sua imagem.

DEIXE UM COMENTÁRIO

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

25 Comentários

neil ferreira em 04 de janeiro de 2014

Certa vez Rinus Mitchell disse numa entrevista "(A Laranja Mecânica) só foi possível porque tínhamos 8 jogadores com QI acima do normal". Cruyf certamente era o mais bem dotado.

Matheus Rodrigues em 29 de janeiro de 2013

1- Pelé 2- Johan Cruyff 3- Maradona 4- Franz Beckenbauer 5- Guarrincha 6- Romário 7- Di Stefano 8- Lev Yachin 9- Messi 10-Puskas

Rinaldo Ribeiro em 15 de junho de 2012

Cruyff, simplesmente o melhor jogador do mundo em todos os tempos.

Marcelo Meireles em 05 de janeiro de 2012

Qdo comecei a me entender por gente, Cruyff já tava no fim da carreira. Mas os cronistas falavam tanto dele, que me interessei em saber. Fiquei fã. Muito além de ser um cracaço de bola, Cruyff é um questionador nato. - * Não foi à Copa de 78 pq se recusou a jogar onde havia Ditadura ( Há quem diga que foi sua esposa que barrou, por conta da famosa festinha na véspera da final de 74. Duvido. Ele nega que tenha ido, e sua vida não foi realmente pautada por farras ) - * Num descarado deboche à Ditadura de Franco, impedido de ser registrado como Jogador de Futebol por ser "caro demais", se registrou como "máquina agrícola" - * Cobrava pra dar autógrafos ( sua boleta vai chegar rsrsrsrs ). Não era estrelismo. Fica escancarado que era uma maneira de mostrar que preferia Bola à Badalação. - * Não aceitava que nada estivesse escrito em seu uniforme de jogo, a não ser que fosse MUITO bem pago. Com isso, abriu uma fronteira até então pouquíssimo explorada : O Marketing Esportivo - * Com a bola no pé, uma incrível capacidade de acelerar jogadas já muito aceleradas. E uma capacidade ainda mais incrível de mudar de função. Cruyff, em um piscar de olhos passava de armador a ponta de lança. Se via que não ia cegar a tempo na jogada de ataque, já se posicionava na marcação. Não tinha a mínima vergonha de dar um carrinho como um volante, e ao se levantar, já com a bola, começava armar o jogo. Aerto na ponta era exímio nos cruzamentos. Lançava, e qdo estava na área, sabia ser um grande goleador. - Cruyff é um genio que estrapola o Futebol

carlos nascimento em 17 de fevereiro de 2011

O futebol e sua magia, são similares ao vinho, o tempo azeda ou apura, os bons serão história os ruins serão apagados ou deletados de nossa memória. A magia nos proporciona algumas certezas e, também várias dúvidas, sempre ficamos a nos perguntar, o porquê disso ou daquilo, tipo assim: Puskas, Cruyff, Zico, Falcão, grandes craques, formaram brilhantes seleções, algumas jamais serão esquecidas,como a húngara,como a laranja mecânica, como a Seleção Canarinho do Telê, enfim, não ganharam Copas, sómente os deuses para explicar tamanha incoerência. O grande Johann Cruyff, um revolucionário dos anos 70, sua movimentação em campo era mágica , transformou o futebol num doce carrossel, trouxe brilho, alegria, prazer, porém, não ganharam o prêmio máximo merecido que seria a conquista da Copa do Mundo de 74 e 78, aliás a de 78 em derradeiro minuto a trave salvou o goleiro argentino, selando o destino ainda mais estranho, os deuses queriam escrever a História da forma invertida, sem título, porém, consagrados nas enciclopédias do Universo. Não consigo até hoje entender, como o povo da Holanda não exigiu que Cruyff fosse treinar sua Seleção, foi um vencedor na Espanha, formou as bases Institucionais e tática do Barcelona, introduzindo o espirito de futebol com vitórias convincentes, lá não basta ganhar é preciso convencer, êsse espirito é que o fez merecedor de nosso RESPEITO, estranhamente, nunca treinou o Selecionado Holandes, coisa da politica, o eixo da vida é realmente muito esquisito, um gênio esquecido pelo seu povo. Vejam como "Confúcio" tem sempre razão, hoje, decorridos exatos 37 anos, sou capaz de escalar o time da Holanda de 74, do goleiro ao ponta esquerda, coisa que já não lembro da Seleção de 94 do Parreira, apenas me vem à memória o nome de Romário e, sómente, o tempo é o senhor das soluções. Coisas da mediocridade, ganhar por ganhar nem sempre é o melhor caminho, prefiro ficar com a derrota do Sarriá de 82. É isso, post oportuno êsse de JOHANN CRUYFF, suaviza um pouco de nossa atual frustação, quando verificamos que fenômenos não se dão respeito, no afã de ganhar cifrões, continuar com o brilho da falsa fantasia, escondem suas deficiências, iludem os fanáticos e admiraveis torcedores de Instituições como a do Corinthians, sem medir o grau de suas biografias, apesar de tudo, ainda temos Pelé e Cruyff.

Luiz Pereira em 16 de fevereiro de 2011

Setti, bom dia, Bem, vc deve ter mesmo orgulho de ser corintiano e de ter visto "O Pequeno Polegar"(não era esse o apelido do Luisinho?). E deve ter ouvido falar do futebol de Amilcar, Teleco, Del Debbio, sem os ter visto. Eles ajudaram a fazer a grandeza de seu clube. Já mostrei p/ muita menina o Dvd do pelé. Não adianta. Eles desdenham dizendo que naquela época era fácil jogar bola, que não tinha tanta marcação, etc. Verdadeiro absurdo, claro! O Rivaldo já andou dizendo isso, sem pensar que se jogasse há 30, 40 anos atrás, teria de fazê-lo adequado ao contexto. E é por isso que tenho pena do Mano, de quem sou admirador ao contrário do que possa parecer. Ele não tem tanto material para trabalhar. Mesmo esse time da Espanha que foi campeão, vc acha que ali tem craques? Tem nada. Nào tem botinudo, o que já é um adianto nos dias de hj. Mano que não se faça de vestal, que lhe fritam logo. Nào pode se dar ao luxo de testar por testar (coisa que aconteceu contra a França - aquilo não é meio de campo de Seleção de Mano, mas de Dunga). Vc acredita que Ricardo Teixeira vai ter paciência até ele "achar" o time? Pois é, nem eu. E espero que o Mano veja isso. Sds Tricolores! Luiz Pereira Ps 1- Tricolor, sem mais especificações, só tem um. Ps 2- Pq vc não faz uma enquete, aproveitando o momento: quem seus leitores preferem: Ronaldo ou Romário? Meu voto é p/ o Baixinho, e o seu? Caro Luiz, não me obrigue a escolher. Gosto muito dos dois, cada um com seu estilo. O pouco que jogaram juntos na seleção foi inesquecível, os adversários ficavam apavorados. Quanto à seleção da Espanha, eu, que passo boa parte do tempo lá -- minha filha e meu filho vivem e trabalham em Barcelona -- e acompanho bem o futebol espanhol, diria que, sim, tem craques. Xavi e Iniesta são craques, o goleiro Casillas é fantástico, David Villa é muito bom. Busquets e Piqué, muito jovens ainda, poderão se tornar craques. E, apesar dos cartolas pavorosos, viva o futebol! Abraços

Luiz Pereira em 15 de fevereiro de 2011

Setti, boa noite, Fernando Calazans, colunista d'O Globo, costuma dizer duas coisas: 1)a maioria dos jovens acha que o futebol começou no dia em que puseram os pés num estádio pela primeira vez. 2)muitos craques, ele não viu jogar (e.g., Leonidas), mas os "ouviu" jogar, querendo com isso dizer que são tantas as referências elogiosas a alguns jogadores, que não há como deixar de depreender que foram mesmo grandes. Daí decorre que é muito complicado fazer estas listas sem se cometerem injustiças. Para mim, o mundo do futebol se divide em A.P. e D.P. (Antes d'Ele; Depois d'Ele. "Ele", é Pelé). Vc, que tem um jeitão de são-paulino, não deve ter visto, mas ouvido Rui, Bauer e Noronha. Eu, que nasci em 61, tive a ventura de ver as Feras de 70. Fui falar de Pelé com uma meninada de 14, 15, anos, e eles simplesmente não acreditam em nada daquilo, mesmo c/ os YouTubes da vida para mostrarem o contrário. Fato é que, para ficarmos no post, Cruyff foi um dos monstros sagrados do futebol. Era um cara que jogava para frente, driblava para frente. Um obsessivo pelo gol, sem deixar de participar de funções de marcação quando necessárias. Coisa que a turma de 70 também fazia, diga-se de passagem. Hoje, quando o Mano Menezes escala Hernanes numa posição que já foi de Pelé, só podemos sentir tristeza e nostalgia... Abs., Luiz Pereira Caro Luiz Pereira, Não sou sãopaulino, não, sou corintiano com muito orgulho. Esses garotos que não acreditam no colosso inigualável que foi o Pelé deveriam não receber uma surra, mas um presente: o DVD "Pelé Eterno", que é ótimo (poderia ser melhor, se o Pelé soubesse administrar melhor seus interesses, ele que é amigo do Spielberg e outros gênios do cinema) e custa pouco. Eu sou mais velho do que você, e, portanto, cheguei a ver o Bauer jogar, acredite, hahahaha. E o Luizinho, do Corinthians, e o Canhoteiro, do São Paulo, e o Dino Sani quando ainda estava no Palmeiras. Mas não fale mal do Mano Menezes, não, caro Luiz. Ele é um cara tão gente fina e um técnico tão inteligente, além de ter reputação de bom caráter, que é um milagre a CBF tê-lo chamado. Acho que ele ainda vai montar um bom time. Abração

Fabio em 15 de fevereiro de 2011

No Brasil, acho que o Tostão é o maior craque da palavra, quando o assunto é futebol. Aprendi muito lendo suas colunas, tanto do ponto de vista de táticas, estratégias quanto de comportamento. A além de tudo ele sabe escrever, os textos dele são sempre agradáveis de serem lidos. São poucos aqueles que conseguem ser craques na palavra após a carreira de jogador. No Brasil, infelizmente, raros.

Marcos Martinelli em 15 de fevereiro de 2011

Oi Ricardo, sou eu mesmo (o Marquinhos)! Abração Valeu, Marcos! Que prazer ter você aqui no blog! Um grande e saudoso abraço

Marcos Martinelli em 14 de fevereiro de 2011

Sensacional! Não sabia que o Daniel também tinha sido picado pelo bichinho do jornalismo. Abraço para você e para o filhão. Oi, Marcos, você é o antigamente chamado de Marquinhos, filho do Martinelli e da Alda? Um abração e obrigado.

SergioD em 14 de fevereiro de 2011

Ricardo, uma lista ordenada dos melhores jogadores de todos os tempos, com certeza, seria uma lista injusta. Fica muito difícil comparar Messi com Pelé, Vavá com Ronaldo, Cruiff com Di Stefano, Didi com Zidane. Todos eles foram monstros sagrados do futebol no seu devido tempo. Tive a sorte de em meu período de vida ter assistido jogos de Pelé no Maracanã, inclusive aquele que acho foi seu último clássico no estádio, Vasco e Santos, pela fase final do Campeonato Brasileiro de 1974. Vitória do Vasco por 2x1, mas com um golaço de falta do Rei. (Pobre do Andrada, além do milésimo esse foi mais um gol do Rei em suas redes). Também tive a sorte de ver Gerson, Tostão, Rivelino, Paulo Cesar e Jairzinho. Até mesmo Maradona, na Copa América de 1989. Falando em injustiça, tenho que concordar com um leitor que pelo que parece é palmeirense. Ademir da Guia merecia ter participado da seleção de 70. Nunca vi uma matada no peito como a dele. A bola corria colada ao corpo até o pé. O homem era a elegância em pessoa. Igual, em termos de jogar de forma elegante segundo meu falecido pai, somente o Didi, apelidado de Mr. Football. Grande abraço. Valeu, caro SergioD. Dá pra ver que você entende do assunto. O Nelson Rodrigues chamava o Didi de "Príncipe Etíope". E para muitos ele era o "Mestre da Folha Seca", graças ao chute que, nas faltas, fazia a bola percorrer uma trajetória inacreditável... até o fundo das redes. Abração

Caio Frascino Cassaro em 14 de fevereiro de 2011

Prezado Ricardo: É verdadade. Todas as vezes que a gente faz uma lista sempre acaba cometendo injustiças. Porém, há que se determinar um limite. E, entre os 100, estes dez para mim representam o futebol na sua essência. Finalizando, gostaria de lembrar que houve uma vez em que Cruyff e Ademir da Guia se enfrentaram, com vantagem para o "Divino". Foi no Ramón de Carranza de 1974 ou 1975, com vitória do Verdão sobre o Barcelona por 3x1 - dois gols de Edu Bala e um de Leivinha. Os jornais espanhóis do dia seguinte classifcavam Ademir como "GÊNIO", lembrando que no Barça jogava também o grande Neeskens, destacando que a atuação do "Divino" deixara o craque holadês em segundo plano. Eita saudade!!!!! Quanto ao Piqué, com aquele mulherão dançando e cantando algo como "Fijacion Oral" em particular não vai ter acordo: daqui a pouco ele não alcança nem o Ronaldão na corrida... Um abraço Um abraço Hahahahah, também acho -- e, de certa forma, até previ... Abração

Caio Frascino Cassaro em 14 de fevereiro de 2011

Prezado Ricardo: Parabéns ao seu filho pela entrevista, e a você pelo filho (Pelo menos esse não chegou pertinho de nenhum dragão...). A entrevista é ótima e mostra algumas facetas desse que foi um dos maiores jogadores de todos os tempos. Certamente, junto com o Kaiser Franz Beckenbauer, o jogador mais inteligente, do ponto de vista tático, que eu vi jogar. Na minha lista Top-Ten estão: 1- Pelé 2-Garrincha 3- Di Stefano 4- Maradona 5- Ademir da Guia 6- Johan Cruyff 7- Franz Beckenbauer 8- Romário 9- Ronaldo 10-Zidane Só para terminar, viu o "come" que o atacante do Sporting Gijón deu no "Piquébauer" neste fim de semana? Quase deixou o rapaz no chão e ainda fez um golaço!!! Eu acho que a Shakira está tirando a concentração do rapaz... Bela lista. E onde está o Puskas? Cadê o Yashin? E o Nilton Santos? Estou brincando. Sua lista é excelente, mas eu não ousaria fazer uma. Tem que botar uns 100. Quanto ao Piqué, bem, meu post de certa forma previa a drenagem de suas energias. Também, com a Shakira... Abraços

Marco em 14 de fevereiro de 2011

Caro Setti: Naquela seleção, ainda tinha Rep,Neeskens e Krol. Timaço ! Eu não vi jogar mas os especialistas afirmam q a melhor seleção de todos os tempos é de 1958 do Brasil, pela simples razão de ter Garrincha e Pelé juntos. Quando se fala de um Cruyff,Di Stefano, B. Moore,Puskas. E os q tu citou ai embaixo, o cara tem q ter muito cuidado e respeito ao chamar algum jogador de hoje d craque. Os caras tem q provar muito para essa honra. Mas báh Tchê ! Não sabia q tu era expert no assunto, pensei q tu era somente comentarista de resultado ! Abs.

Claudio Versiani em 14 de fevereiro de 2011

Caro amigo Ricardo, o craque aqui é o Daniel, bela entrevista. E o presente para o pai foi jogada de mestre. Futebol não se discute, mas essa lista deveria começar com Garrincha, incomparável e que não cabe em lista nenhuma. Pelé, o Rei. Maradona, um gênio dentro de campo e um desastre fora do gramado. Romário, com certeza. E muitos outros já citados aqui. Sem esquecer de Reinaldo, pouco reconhecido, mesmo porque não jogou nem no Rio e nem em SP, e que infelizmente sofreu na pele e no corpo, a incompetência dos cartolas atleticanos. Parabéns para o Dani! Saudações atleticanas. Visca Barça, o melhor time do mundo e do melhor jogador do mundo! Gde ab.

J.B.CRUZ em 13 de fevereiro de 2011

CARO SETTI: Que primor de entrevista..Tal pai, tal filho..Por um momento me senti na pele do repórter a admirar as respostas do ÍDOLO..JOHAN CRUYFF sem dúvida obrigatóriamente está entre os 10 melhores jogadôres de todos os tempos no futebol mundial..Permita-me enumerar os 10 melhores:1)PELÉ-GARRINCHA-TOSTÃO-BECKENBAUER-JOHAN CRUYFF-ZICO-DIRCEU LOPES-ADEMIR DA GUIA-DIDI-GEORGE BEST...Romário,Rivelino,maradona,,,,são outros quinhentos. Obrigado, caro J. B. Elogio ao filho amolece o coração do pai. Pra dizer a verdade, eu também achei um primor. Quanto aos 10 melhores, eu quebraria a cabeça até o final dos tempos para fazer uma lista. Claro que seria encabeçada por Pelé, e teria Cruyff, Beckenbauer e Garrincha. Zico, extraordinário, provavelmente entraria. Certo que há ainda Maradona, Tostão, Platini, Nilton Santos, Didi, Zidane, Ronaldo, em seu auge etc. Mas o problema é que teríamos que ir mais para trás no tempo: Di Stefano, Bobby Moore, Puskas, extraordinário, inacreditável artista húngaro, o também húngaro Kubala, o grande alemão Fritz Walter, o goleiraço russo Yashin -- eu não saberia fazer a lista. Abração

Marco em 13 de fevereiro de 2011

Caro R. Setti: Esse tinha capacidade de criação de efusão tão repentina e de inspiração imediata no curso do drible, como foi mostrado. Fecho contigo e o D. Setti. Aliás, acho muito semelhante a manifestação de ambos,por exemplo, na bondade de nível muito elevado q nos proporciona. Abs. Era um gênio, e como era elegante pra jogara bola! E obrigado, caro Marco. Elogiar filho da gente, você sabe como é, derrete o coração. Abraço

Jose Figueredo em 13 de fevereiro de 2011

Grande Cruyff,ainda lembro com tristeza o show de bola que deram no Brasil em 74,nós ainda estavamos ressacados do México e a musiquinha ainda nos empurrava pra cima.Que decepção!a Holanda veio como um rolo compressor,a sorte que a tv era mais chuvisco do que jogo,só a narração via Rádio nos informava do fiasco.Setti, parabens pelo presente do filhão,pelo autógrafo de uma gande "PESSOA" é de dar inveja(Mas é inveja boa,benta,santa,heheeh).Visse a preocupação com a imagem do Baixinho e o Baixinho foi pego se lixando pela(imagem)da sua futura carreira.Isto é BRASILLLLLL!!!!!!!.Deveria estar no currículo escolar a formação profissional e intelectual de nossos craques.Parece que só nos interessa ver eles dentro da "ARENA" disputando com ou como leões.Depois a cachaça se encarrega de indenizá-los,(com raríssimas exceções). Obrigado pelos parabéns, caro José. E inveja benigna não faz mal a ninguém. Vou colocar a camisa num quadro, numa moldura. E você tem razão na questão do futuro dos jogadores de futebol. Apesar de ter havido uma mudança positiva, a maioria ainda nada faz quando se trata de planejar seu futuro pós-bola. Abração

Mauro Pereira em 13 de fevereiro de 2011

Caro Ricardo Setti, boa noite. Os comentaristas esportivos de Portugal definem as atuações, dentro e fora de campo, dos futebolistas como "bestas" e "bestiais". Pelé e Cruyff foram bestiais, já Romário e Maradona... Hahahaha, caro Mauro, "bestiais", mesmo. Sem a menor dúvida. Também gostava do Romário dos bons tempos, e -- curiosamente -- nunca fui tão fã do Maradona. O Romário era genial na economia de movimentos, na precisão milimétrica com que colocava a bola fora do alcance do goleiro -- e da frieza de matador que tinha diante do gol. Abração

Pedro Carlos em 13 de fevereiro de 2011

Acho muito bom você trazer assuntos como esse, caro Ricardo. E publicar material de outras fontes, eu nem sabia da revista da Espn, parece muito boa.

Sancho Pança em 13 de fevereiro de 2011

Não é por acaso, então, que o Barcelona joga esse bolão. Eu era muito pequeno quando houve a copa de 74 e muita coisa da entrevista eu não sabia. Está explicado de onde vem o futebol do Barca. E ainda tiraram a credencial de presidente de honra do craque, que absurdo.

Helio Marcondes em 13 de fevereiro de 2011

Diferentemente dos nossos boleiros, ou da maioria deles, o Cruyff tem substância. Que diferença...

Arquimedes em 13 de fevereiro de 2011

Bela entrevista. E que sujeito OK, o Cruyff. Continua sendo meu ídolo. Beleza.

Rossana Di Pietro em 13 de fevereiro de 2011

Sou mulher mas adoro futebol, presumivelmente ainda considerado esporte "de homem". Excelente matéria. Parabéns, Ricardo, pelo seu filho. Abraços Valeu, Rossana, obrigado. Abraços

Idacil Amarilho em 13 de fevereiro de 2011

Johan Cruyff o único que rivalizou com Pelé. Um cracaço de bola. Quem o viu jogar pode morrer feliz, pois assistiu um genial jogador.

VER + COMENTÁRIOS