Uma evolução e tanto (Imagem: reprodução)

Os primeiros registros mais concretos sobre a existência de modelos rudimentares do que hoje conhecemos como bicicleta remontam há mais de 200 anos.

A primeira bicicleta rudimentar de que se tem notícia é de 1817 – a “Draisiana” (ou “Laufmaschine”, máquina de correr), criada pelo barão Karl Drais, em Mannheim, Alemanha. Era feita de madeira, tinha duas rodas alinhadas e não dispunha de pedais: o usuário se impulsionava com os pés no chão. Na Inglaterra, passou a ser conhecida como Dandy Horse.

Hoje, é o segundo meio de transporte mais utilizado no planeta: há algo entre 1 a 1,1 bilhão de bicicletas em uso no mundo. Em países tão diversos como China, Índia, Holanda, Dinamarca, Vietnã e Bangladesh, é um meio de transporte cotidiano para milhões de pessoas, sobretudo em distâncias curtas. Para esses estimados 1 a 1,1 bilhão de bicicletas, existem no planeta 1,4 bilhão de automóveis.

Em algumas cidades, a porcentagem de deslocamentos feitos de bicicleta chega a 30 ou 40 por cento, como por exemplo em Copenhague, na Dinamarca, ou Amsterdã, na Holanda, onde é tal o número delas no espaço urbano que já existem até “garagens” subterrâneas para abrigá-las. O fenômeno está se espalhando pela Europa, onde a preocupação com o meio ambiente, de que a bicicleta é “amiga”, cresce cada vez mais. Justo o contrário do que se passa nos EUA de Trump.

É tal o número de bicicletas em Amsterdã — já se aproxima de 1 milhão, para 820 mil habitantes – que há garagens construídas sob os canais que cortam a cidade (Foto: NRC Handelsblad) (Foto: @NRC Handelsblad)

Ao ilustrador e animador dinamarquês Thalis Vestergaard bastou um minuto para resumir toda a trajetória evolutiva deste tão estimado e cada vez mais utilizado veículo.

Para solicitar uma vaga na Academia Real de Belas Artes da Dinamarca, em Copenhague, Vestergaard concebeu The Evolution of the Bicycle, um simpático clipe em que redesenha 20 modelos históricos do aparato em duas rodas.

A viagem no tempo passa por fases clássicas, como a de roda traseira grande e a da frente pequena – e vice-versa –  até chegar nas versões esportivas velozes ainda em vigor atualmente.

A parte técnica de animação foi realizada por Vile Von Holck, e a trilha sonora é Flying Home, composta e interpretada por Benny Goodman, um dos bandleaders principais da era dourada do jazz, no final dos anos 1930.