As eleições americanas do dia 4 de novembro de 1996 foram o assunto do programa “Espaço Aberto” daquele dia, comandado pelo jornalista Pedro Bial na Globonews.
Na época diretor de Redação de Playboy, comentei aspectos da grande vitória do democrata Bill Clinton (reeleito) sobre o republicano Bob Dole e suas consequências para o Brasil, junto a quatro outros convidados: o ex-ministro da Economia e ex-embaixador do Brasil nos EUA Marcílio Marques Moreira (à direita na imagem acima) e os jornalistas Fritz Uzeri, Marc Margolis e Márcio Moreira Alves.
Os números não foram mencionados no programa, mas Clinton foi reeleito com 47,4 milhões de votos, 8,5 milhões à frente do ex-vice-presidente Bob Dole. O presidente democrata alcançou 49,2% dos votos, contra 40,7% de Dole, e certamente teria mais se não fosse a candidatura, como independente, do bilionário Ross Perot, que, com 8 milhões de votos, obteve 8,4% do total.
Na aberração que é o Colégio Eleitoral, também foi ampla a vitória de Clinton: 379 votos a 179.
Bial me perguntou se a idade de Dole – que tinha 73 anos à época da disputa, 23 anos mais velho do que Clinton – influiu em sua derrota. Respondi que a questão econômica fora mais importante, mas sem deixar de dar destaque ao impacto que a imagem desgastada do candidato perdedor causara no eleitorado, sobretudo em comparação com a exuberância e o carisma de Clinton.
Também falei sobre a possibilidade do então general Colin Powell ter sido o candidato republicano, algo que se especulou à época. Em minha opinião, então, um cidadão negro ainda não conseguiria chegar à Casa Branca, embora Powell carregasse a seu favor os fatos de constituir uma “novidade” e de ostentar no currículo a vitória na Guerra do Golfo (1991), na qual foi o principal estrategista militar como chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA.
Assista à íntegra do programa aqui)