O toureiro José Tomás se despede do público tendo nas mãos flores e a bandeira da Catalunha (Foto: @El País)

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A fachada da Plaza Monumental de Barcelona: estilo mudéjar e bizantino, com elementos modernistas. Proibidos os touros, não se sabe o que fazer com ela

A foto principal deste post mostra o final da última tourada realizada na Catalunha, protagonizada pelo toureiro mais respeitado do momento na Espanha, José Tomás, que tem nas mãos flores e a bandeira catalã. A inciativa nacionalista do Parlamento da Catalunha de proibir as touradas em seu território depois de 600 anos vai custar caro. Especialmente para uma região que está sob severa contenção de gastos para equilibrar o orçamento — de 22,1 bilhões de euros (55,2 bilhões de reais), 10% menor do que o ano passado, o que é um milagre para qualquer governo.

Cálculos ainda não concluídos indicam que a Generalitat — o governo catalão — deverá arcar com custos de 400 milhões de euros (1 bilhão de reais) em indenizações várias, que vão do proprietário da última praça de touros da Catalunha, a Monumental de Barcelona, a toda uma série de profissionais, entidades e empresas que dependiam da atividade taurina. Embora não se imagine que o dinheiro seja desembolsado de uma só vez, é um embaraço para um governo que está cortando até vagas em hospitais em nome da austeridade.

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A arena agora desativada, vista de cima: para quase 20 mil espectadores sentados

Mas a atitude política de distanciar-se da Espanha — objetivo permanente dos nacionalistas e, especialmente, dos independentistas, para os quais a Catalunha não faz parte da Espanha, como ocorre há mais de meio milênio –, onde os touros ainda constituem paixão nacional, desabou com especial complexidade sobre o dono da Monumental, um colosso de 10 mil metros quadrados de construção, com capacidade para 19.582 espectadores sentados, erguida em 1916 num misto dos estilos mudéjar e bizantino, com elementos decorativos típicos do modernismo catalão. O empresário Pedro Balañá, de fato, está no mato sem cachorro.

A arena está tombada e a prefeitura não quer comprar

Ele não pode derrubar a Monumental para erguer algum empreendimento em seu lugar, já que a arena desde 1979 faz parte do patrimônio arquitetônico de Barcelona. (E, de fato, mesmo para quem não gosta de touradas, a imponente estrutura num ponto movimentado da Gran Via, a principal avenida da cidade, de há muito se incorporou à paisagem urbana). Por esta mesma razão, o terreno não é passível de ser “requalificado”, como se diz na Espanha, para servir a outros destinos.

Não bastasse isso, a Monumental — palco de milhares de corridas de toros e da morte de dois banderilheiros, um novilheiro (toureiro iniciante) e um matador, e cenário de 70 apresentações do maior toureiro espanhol de todos os tempos, Manolete, além de ter servido como espaço para todo tipo de espetáculo, inclusive um histórico show dos Beatles, em 1965 — igualmente não pode sofrer qualquer tipo de mudança em sua estrutura, tanto na fachada como na parte interna.

Finalmente, o prefeito de Barcelona, Xavier Trias, da coligação conservadora-nacionalista CiU, já declarou que não há interesse da cidade em comprar o belo espaço.

Balañá, sempre discreto em suas declarações públicas, limitou-se a dizer, enigmaticamente, que “haverá corridas de touros em Barcelona em 2012”. Aparentemente, ele confia em que o Tribunal Constitucional derrube a lei proibicionista, atendendo a uma medida judicial impretrata pelo conservador Partido Popular.

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22 Comentários

Anonimo em 18 de janeiro de 2012

Seu comentário foi suprimido tendo em vista as regras de do blog. Se não as conhece, por favor clique no link http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/143081/

Regiana em 10 de outubro de 2011

Olha eu acredito que esse tipo de atrocidade que fazem com esses touros não deveria existir em lugar nenhum desse mundo, acho uma atitude muito covarde essta tradição maldita que o povo insiste em manter. Fico indignada com tanta perversidade com um pobre animal imaginem a dor que aquele pobre anima sente. Por mais que seja tradição como muitos alegam, é uma coisa de muito mau gosto sem escrupulos que deveria ser banida desse nosso mundo. Qto ao grande monumento de Barcelona, façam hospitais, escolas, universidades, um teatro, só não arruma uma utilidade para o espaço senão quizerem, pois opções não faltam, pode ter certeza que sem as tradições macabras de antigamente o local será muito melhor.

Pamela em 02 de outubro de 2011

TENHO UMA IDEIA PRA FAZER COMA ARENA. DESTRUI ESSA BOA,FAZER UMA CADEIA PRA ESSES FILHAS DA PUTA DOS TOUREIROS QUE FISERAM ESSA CRUELDADE COM OS ANIMAIS.

Eduardo de Magalhães Nobilioni em 02 de outubro de 2011

Não acho que a questão política é mais importante que a questão da proibição dessa barbárie que são as touradas. O Parlamento da Catalunha apenas ouviu o que a maioria da sua população queria. Não poder contrariar Madrid os tornam acima do bem e do mal o que não é o caso. Acho uma vergonha para a humanidade as touradas terem existido por 600 anos e tenham virado uma tradição.Isso sim é para se lamentar. Parabéns a Catalunha que deu um grande exemplo para a Espanha e para o mundo. Para mim o estado mais inteligente da Espanha. O governo de Madri ja deu exemplo da sua crueldade tentando promover as touradas como patrimônio da humanidade querendo que a Catalunha seja obrigada a aceitar esse banho de sangue irracional.Não se contentando em apenas aceitar a decisão mais sábia do estado vizinho. E por último o que fazer com a arena é o mais fácil de resolver. Esportes e Shows e palco para grandes manifestações populares são excelentes sugestões para o espaço. Um museu semelhante ao que existe nos campos de concentração Alemãs são também uma excelente ideia para que as futuras gerações não cometam o mesmo erro de nosso antepassados

Julian Matos em 30 de setembro de 2011

Caro Julian, você pediu para não publicar o comentário, e eu o atendo. Mas não haveria qualquer problema em publicá-lo. Você menciona "quando eu estiver" em Barcelona. Pois estou aqui, há vários meses... Vivo parte do tempo aqui, porque minha filha e meu filho vivem e trabalham aqui. Aqui tenho meu netinho, nascido em BCN. Muito simpática sua proposta. Sim, vamos nos falar num desses dias. Abração

Julian Matos em 30 de setembro de 2011

Caro Ricardo: Obrigado pela gentil e personalizada resposta. Pelos seus comentários, vejo você está atualizado com o debate político espanhol e, infelizmente, não compartilhamos a mesma visão. Em qualquer caso, e sendo repetitivo, para observar a realidade espanhola, um brasileiro deve afastar se do marco mental de um país como Brasil (com única identidade nacional), já que a Espanha isso não existe. Usarei um exemplo pessoal: tenho origens espanholas, minha mãe nasceu na Galícia e emigrou para o Brasil ainda criança com meus avôs. E veja o inusitado: minha avó que morava conosco não sabia falar espanhol (!), já que nasceu e foi criada em um pequeno pueblo de Pontevedra que tão só falava o galego. Não sou de uma família com veleidades nacionalistas, mas a existência de um idioma diferente é um fato (entre outros) que dá uma dimensão real à existência de diferentes Espanhas. Essas diferenças não são uma “realidade artificial” criada por políticos nacionalistas. As cutucadas existem de parte a parte: já seja por parte dos nacionalistas catalães ou dos nacionalistas espanhóis. Mas, existem uns quantos moderados (“românticos”, como eu), que defendem um marco de convivência que todas estas identidades possam se expressar. Sabia que o próximo filme espanhol que competirá ao Oscar de melhor filme estrangeiro é falado em catalão? Ou que Duran Lleida, um político nacionalista catalão, é o político melhor valorado em toda a Espanha? Por enquanto, a grande maioria dos catalães compartilha a identidade espanhola e catalã. Desejo que prevaleça este sentimento majoritário. E para não dizer que só falo de flores, neste momento de crise econômica e institucional na Espanha e na União Europa, as cartas do baralho voltaram a ser distribuídas e todos os países e regiões tomam posições para manter seus espaços de poder e influencia. Catalunha como uma das regiões mais prósperas do sul da Europa também participa desse jogo. A sorte é que o processo político – e não as armas como no passado – cuidaram de arbitrar esses interesses contraditórios. Não nos enganemos nas discussões de identidades nacionais também entram em jogo aspectos econômicos, de parte a parte. Por fim, um comentário sobre o uso do nome do idioma español ou castellano. Usar na Espanha o nome castellano permite distinguir-lo dos outros idiomas igualmente espanhóis (já que também estão são próprios da Espanha) o basco, o galego e o catalão. Na verdade, é uma distinção que favorece a integração, você não acha? Um abraço, Julian Caro Julian, Na verdade não discordamos, não. Estou perfeitamente a par do que você descreve, das característica da Espanha como "nación de naciones", da legitimidade dos nacionalismos enquanto manifestação das culturas seculares que compõem o país. Também sou um romântico e acredito numa convivência fraterna e generosa entre esses povos todos. O problema é que vejo manipulação política dos nacionalismos, e para uma direção ruim, uma direção de divisão, de separatismo, de hostilidade. Há uma série de coisas que partiram de governos, e não de aspirações da sociedade. Mas é um tema complexo e vale uma conversa pessoal longa, que um dia desses a gente vai ter, não é mesmo? Abraços

Milton - MT em 29 de setembro de 2011

Mais que magavia....

Jane Araujo em 29 de setembro de 2011

Se voltarem com as touradas, a Espanha merece ser riscada do mapa. Um passo à frente, milhões para trás! Não ficaremos parados. Eles que se atrevam! Só estão proibidas na Catalunha e não existem nas Canárias. Em todo o resto da Espanha, prezada Jane, inclusive no País Basco, há touradas, bem como em 63 cidades da França.

wagner em 28 de setembro de 2011

Ricardo, a questão político-ideológica do tema é algo secundário. Utilizar nosso poder humano intelectualmente superior para matar cruelmente e lentamente um animal é algo que está além de ideologias. Quer dizer que porque existe o conflito esquerda/direita espanhola dividida entre catalães/separatistas e patriotas espanhóis quem paga o preço da bestialidade são os touros? Repito: Esse tema deve ficar em segundo plano. Em primeiro plano é a nossa superioridade humana. Por que somos superiores? Porque temos mais inteligência e essa inteligência levou a humanidade a criar sistemas extraordinários, tais como: Os mais fortes protegem os mais fracos, teoricamente cuidamos de nossos idosos e de nossos deficientes mentais, protegemos animais de violência, cuidamos de pessoas doentes, protegemos mulheres e crianças. Quando deixamos de realizar alguma dessas tarefas retrocedemos a eras primitivas e voltamos a barbárie. Quando se diz que essa prática é algo cultural, os Maias por exemplo cortavam a cabeça de centenas de pessoas para pedir prosperidade. Isso também é algo cultural. Mas evoluímos. Precisamos cuidar de nossos irmãos africanos que morrem de fome, precisamos diminuir e eliminar disputas mortais motivadas pelas religiões, precisamos prosperar e dividir riquezas mais adequadamente, precisamos ter democracia no mundo todo, precisamos respeitar os animais. Esse tema também nos torna mais humanos. Ou por causa da desculpa da cultura, continuaremos meros animais inteligentes, predadores e com nossa parte mais selvagem dominando. Respeito as diferenças, aos fracos e aos incapacitados de defesa, como os touros. Isso é o mínimo que se espera de um ser humano de verdade. Discussões filosóficas tentando justificar esse tema não passa de nossa parte animal e cruel tentando ocultar nossa culpa e limpar nossa consciência manchada de sangue. Foi justamente por achar que as questões políticas deveriam ser deixadas de lado neste caso que escrevi este texto. A questão, como expressei, é a cara-de-pau dos políticos catalães: proibir as touradas aproveitando uma causa legítima defendida por milhões de pessoas (o mau trato aos animais) em favor de seus interesses (distanciar-se da Espanha).

Ailton em 28 de setembro de 2011

Prejuízos, Amigo Ricardo? Essa bestialidade medieval deveria ter acabado ainda no fim daquela éra, nada justifica a crueldade contra os animais, aquele embate era uma luta desigual, eles soltavam o touto na arena, mas só depois de aplicar dezenas de chopadas na região do coração sem matá-lo, o animal entrava em campo debilitado, só aguardava o golpre final do toreiro, isso para delírio desses doentes mentais que pagavam para assistir a essa deformação pscotática. Essa aberração dos ESPANHÓIS é igual a uma outra imbecilidade, a farra do boi de Santa Catarina, lá outros bandos bestiais de sádicos serravam as quatro patas dos animais, furavam os olhos com bastões de madeira, deixam enfiados na cavidade ocular e os acendiam para virar tochas acesas o que eles chamavam de "olhos de fogo", não se davam por satisfeitos, ainda quimavam-os o animal lentamente em fogueiras baixa para demorar de morrer e prolongar sofrimento e a satisfação dos que assistiam. toda essa bestialidade era feita com o animal amarrado em uma corda longa e sem a menor chance de se de fensder ou sobreviver. AFINAL, ESTAMOS NO SECULO XXI OU NÃO? se estamos, vejo que ele não chegou para muitos.

Think tank em 28 de setembro de 2011

Pois é o mundo muda e continua mudando, o que fizeram os fabricantes de carruagens quando os automóveis chegaram? Ou fabricantes de caravelas quando chegaram os motores a vapor, e estes quando chegaram os motores diesel? E os fabricantes de maquinas para datilografar quando chegaram as impressoras?

Julian Matos em 28 de setembro de 2011

Caro Ricardo: No seu post anterior sobre o tema, comentei que era difícil para um brasileiro entender os “nacionalismos periféricos” espanhóis e tentei amenizar a visão transmitida no seu texto de clara antipatia aos nacionalismos. Volto outra vez com a mesma tarefa. Realmente na proibição dos toros existe um transfundo nacionalista (“não é uma festa catalã”), mas certamente não é só isso. Vejamos alguns fatos: a) a proibição foi aprovada no anterior governo de esquerdas (liderado pela versão regional do PSOE espanhol); b) nesta votação, o partido nacionalista que lidera o atual governo deu liberdade de votos aos seus deputados, a maioria voltou a favor da proibição, mas alguns votaram em contra (o principal partido nacionalista não via claro o tema); c) o movimento anti-taurino existe em toda Espanha e a tauromaquia está longe de despertar a mesma paixão que o futebol, na verdade sobrevive em muitos locais por meio de subvenções. A proibição dos touros foi realmente mais uma das leis aprovadas durante o desastroso governo de esquerdas que governou Catalunha durante quase sete anos (2003-2010). A coalizão de socialistas, verdes e independentistas resultou em mais intervencionismo e um desastre financeiro que agora o atual governo tem que enfrentar com recortes drásticos. Este discurso que mistura a proibição dos touros como um enfrentamento entre Espanha e Catalunha é mais presente no Partido Popular, o partido conservador espanhol, que no discurso dos nacionalistas. Durante um tempo, o Partido Popular “desistiu” de Catalunha e preferiu fomentar um discurso confrontação para ganhar votos no resto da Espanha. Mariano Rajoy, líder do partido e grande favorito para as próximas eleições das Cortes Espanholas, pouco a pouco tenta dar giro nesta estratégia. Por fim, o reconhecimento da pluralidade da Espanha está escrita na própria Constituição Espanhola de 1978 que diz “La Constitución se fundamenta en la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles, y reconoce y garantiza el derecho a la autonomía de las nacionalidades y regiones que la integran y la solidaridad entre todas ellas. Ou seja Espanha está integrada de nacionalidades. Seria possível imaginar algo assim na Constituição Brasileira? Claro que não, pela simples razão que nós sim compartimos a mesma identidade nacional. Não acredito que o nacionalismo seja a principal questão deste tema, frente a outros mais relevantes como liberdade individual x intervencionismo ou em relação aos chamados “direitos dos animais”. Espero que isso ajude a que seus leitores tenham um pouco mais de boa vontade com os nacionalistas. Um abraço, Muito obrigado por seu gentil e circunstanciado comentário, caro Julian. Mas, como vivo parte de meu tempo na Catalunha, e a freqüento há décadas, mantenho o que escrevi. Você sabia que o Parlamento catalão, por exemplo, exigiu tradutores simultâneos quando de uma visita de uma delegação da... Nicarágua? Sendo que todos os deputados catalães falam espanhol (palavra que não se pode usar aqui para o idioma que o planeta inteiro designa como "Espanhol", "Spanish" etc, mas, sim, exclusivamente "castellano") desde que nasceram. Esse tipo quotidiano de cutucadas na Espanha, o fato de não se poder sair às ruas com uma bandeira espanhola sem ser hostilizado por uma minoria e tantos centenas de sinais percebidos a cada dia, a "imersão" obrigatória no idioma catalão adotada pelos governos daqui, que fazem com que os jovens escrevam mal o espanhol e não sejam, portanto, competetitivos dentro da própria Espanha em matéria de bolsas de estudos fora da Catalunha e na obtenção de emprego -- tudo isso configura um quadro de um nacionalismo que, longe da visão romântica exposta por você, e na qual você sinceramente acredita, se torna algo "obrigatório", imposto pelos políticos, sem que o povo, com exceção do percentual de independentistas, seja a origem dessas posturas. Um abração

Dexter em 28 de setembro de 2011

Ricardo e Reynaldo-BH Todos defendemos a democracia e entendemos o que foi dito. Isso não justifica maus tratos inclusive mortes a animais que, aliás, também deveriam ter o direito à democracia. Só que eles precisam que os humanos determinem qual sua chance de viver melhor ou pior. Aí está o problema!

Atento em 27 de setembro de 2011

Manda para lá os bois...Garantido e Caprichoso!

Reynaldo-BH em 27 de setembro de 2011

Setti, acho que nunca tomei tanta porrada como neste tema! Mesmo quando ousei ir contra a "corrente" confortável das opiniões majoritárias. |foi um alívio você voltar ao tema, com o início de seu post. "A bravata nacionalista do Parlamento da Catalunha de proibir as touradas em seu território depois de 600 anos.." e "Mas a atitude política de distanciar-se da Espanha, onde os touros ainda constituem paixão nacional..." me deixaram menos doido das porradas! hehehe... Não sou masoquista, mas, não importo se o que penso é mesmo o que penso. Creio que o foco central de seus posts (este e o anterior) não era a crueldade das touradas, que eu e você combatemos e não apreciamos. Mas é difícil que entendam que existem valores maiores, não tão tangíveis. Eu quero ver o PT fora do poder, por exemplo. Mas não concordo que para isto, se separe o Norte e Nordeste do Brasil para "facilitar" a tarefa. Conheço, admiro, adoro e visito sempre que possível a Catalunha. Mas não concordo com o radicalismo de ser contra tudo o que venha de Madrid, só para marcar uma posição. Assim nasceu o ETA e por isso ele agoniza (se já não está morto). Espero agora, que neste novo post, meus amigos de comentários entendam que não defendo touradas. Defendo a democracia. Aqui, na Catalunha, Irã ou Líbia! Abraços, caro amigo! Reynaldo, você pegou exata e absolutamente o espírito do post. Assino embaixo o que você escreveu. Abração, amigo.

Tuco em 27 de setembro de 2011

. Lá darão conta do recado. Pior será por aqui: se algum projeto ficar pronto para a Copa/Olimpíadas, depois se tornará mais um monte de lixo. .

Paulo Bento Bandarra em 27 de setembro de 2011

Pois para ver como é difícil a humanidade evoluir. Extinguir a tradição dos gladiadores como espetáculo ou a tortura de animais, nos dias de hoje. Para o lado do tabagismo e alcoolismo então! E ainda tem quem proponha a liberação de mais drogas deletérias ainda, ou o uso do santo daime por ser "tradição" shamanica de povos atrasados e primitivos! Transfira-se então para o sacrifício de animais em nossas ruas em cruzamentos. Só com cotas mesmo para passar depois no vestibular.

AFORTUNATTA em 27 de setembro de 2011

Vamos derrubar esta Lei !!!!! VIVA AS TOURADAS!!!!!!!

wagner em 27 de setembro de 2011

Tenho uma sugestão: Doe esse monumento ao terror para alguma associação de proteção aos animais. Poderá ser montado no Local: Clínicas Veterinárias, local para doação e castração de pequenos animais, cursos diversos sobre humanidade e civilidade com os animais e um pequeno Museu para mostrar como o ser humano poder estúpido, medíocre e egoísta.

patricia m. em 27 de setembro de 2011

Eu tenho umas ideias: 1) deixa cair - o tempo da conta do recado 2) vende pro Barça 3) vende pro Edir Macedo, olha aquilo la da um templo gigante pra eles heim . Nada eh tao aflitante assim. Pensa bem, o Coliseu esta ai ate hoje, firme e forte. Tinha ate o mesmo tipo de diversao para as massas que a arena de Barcelona. Depois virou quase que uma igreja, quando os cristaos viraram maioria em Roma. Entao, nenhuma das minhas propostas, se compararmos com o passado, eh absurda. . Eu tenho pergunta mais interessante a fazer do que a sua: o que o Brasil vai fazer com um estadio no Amazonas?

José Geraldo Coelho em 27 de setembro de 2011

O mesmo que fizeram com o Coliseu em Roma. O tombamento de um monumento arquitetônico de grande valor artístico e que outrora foi palco de barbáries. Palco de atrocidades cometidas contra homens e animais para a diversão de pessoas de gosto duvidoso. Prazeres ignominiáveis. Sádicos.

Volnylson Almeida de Castro em 27 de setembro de 2011

fAÇA SE TEATRO, CINEMA, BALLET SEM VIOLENCIA SEM BARBARIE OLÉ ESPAÑA!!!

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