
A I Guerra Mundial (1914-1918) terminou há 93 anos, mas os britânicos não esquecem os que tombaram: nada menos do que 886,9 mil soldados do Reino Unido que, somados aos combatentes mortos do então Império Britânico ou a ele ligados, como canadenses, australianos, neozelandeses e indianos, somam 1,1 milhão de militares.
Religiosamente, todo ano, às 11 horas do dia 11 de novembro, nos edifícios públicos, nas escolas e nas ruas as pessoas param e fazem 1 minuto de silêncio lembrando o armistício que colocou fim à carnificina em que perderam a vida de 15 a 17 milhões de soldados e 20 milhões de civis. É o Remembrance Day, o Dia da Memória — quando, além das homenagens dos cidadãos, uma vez mais, adversários políticos, governantes e ex-governantes do Reino Unido, juntos, prestam seu tributo de respeito aos mortos daqueles tempos.
Num marco comemorativo em Whitehall, a grande via que corta Londres do Parlamento até Trafalgar Square, em ato presidido pela rainha Elizabeth II, colocaram coroas de flores — papoulas, que enfeitavam os campos de Flandres, na Bélgica, onde se travaram cruentas batalhas da I Guerra, e cujo vermelho lembra o sangue — o primeiro-ministro conservador David Cameron, seu vice, o liberal-democrata Nick Clegg, os ex-primeiro-ministros Gordon Brown e Tony Blair, trabalhistas (ambos britânicos nascidos na Escócia), e John Major, conservador, além do líder da oposição trabalhista a Cameron, Ed Millibrand.

Participaram do ato outros membros da família real, inclusive o príncipe William e a mulher, Kate Middleton, e os jogadores da seleção inglesa de futebol.
“Quando num ato se vêem juntos todos os chefes de governo, passados e presentes, e até o líder da oposição, a primeira coisa que se deve fazer é tirar o chapéu [aos britânicos] em sinal de respeito”, comentou o jornal ABC, de Madri. “Só um país que se sabe uma grande nação, e se sente orgulhoso disso, é capaz de oferecer semelhante imagem de unidade”.
Pois é. Que bom, se um dia, “neste país”…
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A diferença é que eles têm o Gordon Brown, Tony Blair, John Major e o Cameron, e nós temos Sarney, Collor e Lula.
Chego a sentir inveja deles e vergonha de nós
Realmente, é de babar de inveja... Vera
Aqui?"O caso acima só existe numa democracia".A petezada jamais se perfilaria ao lado de um FHC,por exemplo. Eles não tem inteligência pra tanto.A deles é roubar,mentir,caluniar,enganar e usar a pobreza,e por aí vai...Sem chance de um ato igual o dos ingleses.Nem em sonho.
Em Londres, entre Hyde Park e o palácio de Buckingham existe uma alameda com diversos monumentos homenageando unidades militares e soldados que se destacaram em eventos da I e II guerras mundiais. Eles sabem a importância disso para a construção e manutenção de seu país e não deixam esquecer. Aliás, os ingleses não são os únicos. Veja essa homenagem dos italianos para um brasileiro que morreu em defesa deles: http://www.comune.pianoro.bo.it/agenda/pagina1069.html Aqui, poucos sabem, quase ninguém liga. Lá, eles não esquecem, não deixam esquecer... (Tenente Cordeiro: piloto de combate da esquadrilha azul, tendo completado apenas uma missão de combate em 06 NOV 44. Foi abatido e morto aos 22 anos enquanto cumpria sua 1ª missão de guerra. Seus restos mortais foram transladados para o Brasil, no pós-guerra, e repousam no Monumento dos Pracinhas, na cidade do Rio de Janeiro, RJ.)
Depois do Imperio Romano, na era moderna foi o imperio que mais cometeu crimes contra a humanidade. Crimes polidos e envernizados chegam a ser vistos como exemplo de civilidade.
. Igualzinho à Parada Gay... .
Olha olha. A elegância inglesa não é perene, hein. - Por exemplo, Gordon Brawn andou falando em "rever" alguns privilégios financeiros da cara e inútil Família Real. - Não foi convidado, e por isso não foi ao recente Casamento Real. - Sem contar os filhos deficientes que a Monarquia escondeu, e ainda esconde do público. - Esse evento ai da Segunda Guerra facilita essa "civilidade". - Afinal, quem se oporia a homenagear os mortos da 2ª Guerra ? Os mortos são da I Guerra, Marcelo. E em matéria de civilidade os ingleses ainda são campeões. -
Achei que era por causa da justiça agindo nos casos de abuso da imprensa...