Vizinha de China e Rússia, dois gigantes e duas potências, a Mongólia vem vivendo desde o início dos anos 2000 um relativo boom econômico de seu setor mineral, baseado principalmente na exploração de carvão, cobre e ouro.
Como inevitável consequência, muitos dos mongóis que sempre viveram como nômades, montando suas tendas sob o criterio básico da proximidade de fontes de água, estão migrando e se estabelecendo em cidades. Ainda assim, este ancestral estilo de vida persiste em algumas regiões do país de pouco mais de quase 3 milhões de habitantes.
Só que agora, além de toda a parafernália que seus antepassados costumavam carregar, figuram objetos modernos como placas solares, utilizadas para alimentar smartphones e outros dispositivos eletrônicos. Como meio de transporte, automóveis e motocicletas passaram a fazer companhia aos eternos aliados camelos e cavalos.
Nascido em Roma em 1984, o fotógrafo Michele Palazzi passou longas temporadas captando de perto nômades habitantes do distrito de Tsogttsetsii, provincia de Ömnögovĭ, no Deserto de Gobi, sul do país. A iniciativa que resultou no projeto Black Gold Hotel,com imagens como as deste post.











2 Comentários
Oi setti, como e onde você arranja isso? Que viagem! Essa foi meu filho, o Daniel. Esqueci de assinar o post. Imperdoável. Vou fazê-lo agora. Abraço
O duro dilema de povos ainda a caminho de tempos modernos. Este tipo de vida primitiva é celebrado pelos adeptos de Rousseau. Mas os próprios defensores sequer a vivem. Menos ainda os poos em questão que preferem o medicamento e a vida confortável ao Xamã.