
É espantosa a informação que o presidente norte-americano Barack Obama divulgou durante sua recente visita a Fort Bliss, no Texas, onde anunciou um programa de saúde mental para militares e ex-combatentes — algo de grande importância para um país guerreiro como os Estados Unidos, mas de pequena repercussão externa.
Segundo o presidente, nada menos do que 1 milhão de soldados americanos já lutaram nas guerras do Afeganistão, iniciada em outubro de 2001, e do Iraque, que começou em março de 2003, ambas por iniciativa de seu antecessor, George W. Bush. O número chega a ser espantoso quando comparado ao de americanos envolvidos em outras guerras e sobretudo diante dos recursos supostamente “inteligentes” hoje utilizados pelas Forças Armadas dos EUA, com o objetivo não apenas de se tornarem mais eficazes, mas de pouparem vidas.
(A foto principal do post mostra um grande número de “marines”, os fuzileiros navais, no norte do Kuwait, esperando ordens para invadir o vizinho Iraque, no dia 20 de março de 2003, que marcaria o início da guerra).

Esse 1 milhão de americanos que participaram desses dois conflitos é um número desproporcionalmente grande quando comparado aos 2,7 milhões que lutaram no Vietnã — uma guerra intensa e feroz que durou 12 anos e se espalhou por territórios vizinhos, como o Camboja e o Laos e que, em seu auge, no final dos anos 60, chegou a mobilizar meio milhão de soldados dos EUA.
O mesmo ocorre se compararmos os homens envolvidos nos atuais conflitos com o total de combatentes americanos na árdua Guerra da Coreia (1950-1953) — uma guerra com uso intensivo de infantaria e um nível de utilização de tecnologia infinitamente inferior ao das atuais, em que os EUA e forças de outros países sob a bandeira da ONU tiveram que enfrentar, além dos norte-coreanos que invadiram a Coreia do Sul, centenas de milhares de soldados da China comunista. Esse enorme esforço bélico envolveu 1,79 milhão de soldados dos EUA ao longo de todo o conflito.
É claro que o maior esforço de mobilização de soldados da história dos EUA ocorreu durante a II Guerra Mundial (1939-1945) em que os americanos, entre 1941, quando entraram nas hostilidades, após o ataque do Japão à frota americana do Pacífico, em Pearl Harbour, no Havaí, e o final dos combates tinham empregado 16 milhões de militares.
Ainda assim, em plena era dos bombardeiros sem piloto, das bombas teleguiadas e de uma infinidade de recursos que excluem o emprego massivo de tropas, o número divulgado por Obama é espantoso.
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Fala de guerra é fácil, mais das mortes ninguém falou, quantos soldados foram mortos. "Ninguém", como, Whitney? Calma! A cada soldado morto em uma das duas guerras, a imprensa dos EUA informava o total de mortos e feridos -- e ainda o faz. Todos os veículos de imprensa de alguma importância periodicamente informam esses tristes números. Morreram 6.280 soldados americanos nas duas guerras, segundo a última estatística que consultei, e foram feridos 41.936.
"Nós sobrevivemos ao Nazismo mas o Nazismo sobreviveu também." Ultimo ato da peça "O interrogatório" Pedro Luiz
È PORQUE QUEM GANHA DE FATO A GUERRA É A VELHA E BOA INFANTARIA!
Agora os EUA e Israel tem que mobilizar soldados para atacarem o Irã, dos peversos atolás. Estão demorando para atacar, o Irã não pode ter armas nucleares.
Normal para um país bélico como os Estados Unidos, que adora uma guerra.