Em consonância
Não se trata, segundo explicam aqueles setores do partido, de ter-se a pretensão de que o MDB encabece e una todas as correntes de oposição do País, mas de colocar a agremiação “pelo menos em consonância com elas”, segundo o líder Mario Covas. Os principais membros do MDB reconhecem que o partido sofre de um mal estrutural: foi criado praticamente por decreto, com a função especifica de “ser oposição”, uma oposição contestadora, e não um partido político normal, que possa aspirar ao poder sem provocar crises. Cabe agora, uma vez reconhecida essa situação, que os oposicionistas mais atuantes confiram ao partido a posição de força política com iniciativa própria, que não se limite a agir em resposta a investidas antidemocráticas e que desempenhe, efetivamente, o papel de elemento polarizador de pelo menos parte dos opositores ao “status quo” institucional.