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A fragata “Liberal” (F43), da Marinha: segurança dos campos de pré-sal exigem 345 dias de patrulhamento — mas só há dinheiro para 15 dias (Foto: Marinha do Brasil)

Sim, sem dúvida a presidente Dilma Rousseff tomou uma decisão importante e crucial, que vinha sendo adiada há mais de uma década, quando em dezembro de 2013 finalmente bateu o martelo sobre a compra de 36 caças supersônicos suecos JAS 39 Gripen, de fabricação sueca, dando finalmente passo decisivo para o programa FX-2 de atualização do equipamento da Força Aérea Brasileira (FAB).

O custo dos caças é de 4,5 bilhões de dólares.

O problema de falta de equipamentos minimamente atualizados nas Forças Armadas, porém, persiste, apesar de compras realizadas recentemente pelo Exército de fuzis e blindados modernos, e a despeito da muito expressiva compra de 9 mil veículos novos de vários tipos entre 2012 e 2013.

Ocorre, contudo, que segundo depoimento feito há algum tempo no Senado pelo secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso, há alguns problemas gritantes cuja solução estará a cargo do próximo governo, seja

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Matos Cardoso: problemas de equipamento na Marinha e na Força Aérea (Foto: Agência Força Aérea/Sgt. Batista)

quem for a ou o presidente da República. Matos informou, por exemplo, que a segurança dos campos de petróleo de pré-sal exigem que a Marinha realize patrulhamento 365 dias por ano — mas a atual verba disponível para isso é suficiente para 15 dias.

Na Força Aérea Brasileira, que terá sua capacidade de defesa avançada muito em dia com os caças Gripen — cuja primeira unidade, porém, só será entregue em 2018 –, o secretário-geral informou que, de 624 aeronaves com capacidade operacional, há nada menos do que 346 paradas por falta de manutenção adequada, o que inclui reposição de peças.

(Post de Ricardo Setti, de São Paulo, postado originalmente a 25 de abril de 2014 no blog que o autor manteve no site da revista VEJA de 2010 e 2015)

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19 Comentários

Roni F. em 02 de maio de 2014

O que custa caro no Brasil são os políticos, ganham muito e só atrapalham. Corta o salario e mordomia deles e sobra dinheiro para patrulhar o pré sal

Marcos F em 29 de abril de 2014

Logo seremos invadidos pelos venezuelanos de Maduro, chefiados por cubanos que lá infestam a milícia, voando em jatos russos. Amorim estará lá para aplaudir.

Athos Eichler Cardoso em 29 de abril de 2014

Si vis pacem para belum ditado romano significa "Se queres a paz prepara-te para a guerra". Infelizmente a guerra existe. Pesquise na internet quantas guerras existem hoje no mundo. Leiam a História da Civilização. Leiam, bastante. Você conhece alguma grande potência sem bomba atômica?

Orlando em 28 de abril de 2014

Impressionante com o Brasil tem estrategistas. "Bem que nós poderíamos usá-los para invadir alguns países para aumentar o nosso território, que atualmente está muito 'pequeno' para a sanha petista afanar".

Eduardo em 28 de abril de 2014

Setti, concordo com o Alex, que me precedeu. Ainda que tenha esquecido os terroristas, estes precisariam de uma razoável tecnologia para chegar até os postos. E, a bem da verdade, se quisessem fazer uma estrago em prospecção em alto mar, longe da costa, cometer atos terroristas em terra seria muito mais viável.

oba oba mama em 28 de abril de 2014

O melhor e abolir as forcas armadas. Nao servem mesmo para nada e custam muito caro.

Alex em 27 de abril de 2014

Lembrei-me de um detalhe, alguém sabe o custo pros cofres públicos do porta-aviões S.Paulo? Eu tb não, mas acho que sai muito caro pra uma relação custo-benefício zero, já que não sai do porto. E quanto custa aqueles mil homens a bordo? Alguém manteria na sua garagem um carro que lhe desse uma despesa de 10 mil reais mensais e que não lhe permitisse ir visitar a mãe no fim de semana? Será que não tem nenhuma cabeça pensante neste país pra ver, e acabar, com um absurdo desses?

Alex em 27 de abril de 2014

Alguém, por favor, avisa à Dilma e ao próximo presidente pra não entrar nessa furada de gastar dinheiro com essa besteira. Quem irá atacar e tomar os nossos poços de petróleo em alto mar? A Argentina ou qualquer outro país sul americano? Não, eles não tem dinheiro e nem tecnologia pra extrair o petróleo de lá e levar pras suas terras. A Rússia ou a China? Não, os EUA não deixariam, fora a complexa logística pra transportar o óleo até eles. Os EUA? Esses talvez poderiam, no momento em que quisessem, e não será meia dúzia de barquinhos que os impediria; mas a comunidade internacional rechaçaria com firmeza. Em suma, gastos com FFAA é algo que deve ser voltado para as necessidades reais, e não para utopias de milico desocupado de imaginação fértil. Sem falar que já gastamos dinheiro demais com militares, trata-se do terceiro maior orçamento do país, fruto da aposentadoria precoce, das pensões vitalícias das filhas e do excesso de pagamentos em transferências pelo país afora e em comissões no exterior, cujo retorno pro país é zero. Você se esqueceu de ataques terroristas, meu caro. O grande problema de segurança hoje na área internacional.

razumikhin em 27 de abril de 2014

Uz cumpanhêruz pretendem acabar cuz militá..!

Eduardo em 27 de abril de 2014

Quanta idiotice! Patrulhar campo de petróleo em alto mar por qual motivo? Contra quem? As FA tem essa mania de achar que os vizinhos estão nos atacando. Prestem atenção nas toneladas que os Morales da vida produzem e mandam pela fronteira e deixem de ficarem mamando nas tetas do governo!

machado em 26 de abril de 2014

Tira os funcionários comissionados(ex comandantes que não conseguiram galgar o almirantado) do programa nuclear da MB, quem ganham salários de 26 mil que sobrará dinheiro para o patrulhamento marítimo.

carlos em 26 de abril de 2014

A Solução simples e barata é acabar com as forças armadas convencionais.Deixem os americanos tomar conta de nossas fronteiras para coibir o narcotráfico e armas e nosso litoral para salvaguardar nosso fabuloso pré-sal.Podem comprar caças,tanques,navios de guerra e etc,mas se os americanos quiserem eles tomam nosso país em cinco minutos.Aos russos nós não interssamos.Ao perigo argentino é só abrir as comportas de Itaípu.Se o Paraguai ameaçar,coloca um retrato de Caxias na fronteira que esta resolvido o problema.Agora,quanto a Cuba e Venezuela e suas revoluções bolivarianas o perigo é bem maior.Neste caso podemos adotar uma tática preventiva enviando algumas duplas sertanejas e dançarinos de funk para amolecer o ímpeto.Se não funcionar despacha a Dilma e o Lula para lá que o estrago será irreversível!!!

geraldo barros em 26 de abril de 2014

Não vão querer comprar caravelas e dizerem que estão reparelhando a Marinha Brasileira, porque já compraram um porta avião sucata que nem sai do porto senão afunda.

Marcelo em 26 de abril de 2014

Seu comentário ofensivo e calhorda foi deletado.

Marco Balbi em 25 de abril de 2014

Não esquecer que o projeto Sisfron, tocado pelo Exército não pode ser contingenciado sob o risco de descontinuidade! O salário, mesmo que melhore muito, ainda assim continuará a ser o pior das carreiras do Executivo, que por si já são piores que os do Legislativo e do Judiciário. A perspectiva de demissões dos oficiais das 3 forças neste ano de 2014 é de aumento em relação ao ano passado.

Paulo em 25 de abril de 2014

Infelizmente é a pura realidade há mais de 20 anos nas FFAA. Lamentável o estágio de abandono a que chegamos. Lembrete: observem com a devida acurácia o que aconteceu e ainda está acontecendo com a Ucrânia perante a Rússia. Perderam um território (Criméia) e estão seriamente ameaçados de perder mais ainda. Um dos principais motivos para a Rússia agir assim é a situação caótica e precária das FFAA da Ucrãnia (sucateadas, corrompidas e sem o mínimo poder de reação).

wilson em 25 de abril de 2014

Eu recomendaria patrulhar a Petrobras.

Rod em 25 de abril de 2014

Puro embuste, se o Brasil entrar em guerra com a Venezuela, não sustentaria 30 dias de batalha... Sem dizer o salário defasado dos milicos...

neusa de oliveira em 25 de abril de 2014

Bem feito Sr. Ari Matoso, vocês baixaram as calças e agora?..... sem canhão, sem avião e sem vergonha na cara.

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