
Escrevi um post que me provocou um aluvião de críticas e xingamentos porque ousei colocar em dúvida as qualidades do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para ser candidato à Presidência da República — função para a qual, dias atrás, ele se colocou “à disposição” do partido.
Recebi centenas de ofensas pessoais e xingamentos de leitores que — imagine quem me conhece! — confundem críticas a Bolsonaro com meu suposto e notoriamente inexistente apoio a Dilma, a Lula, a lulopetismo e às ditaduras comunistas (bastava ler um ou outro texto de minha autoria para ver qual é minha postura, mas aí já é querer demais para quem é cego ideologicamente), eu dei a informação (e não minha opinião) de que Bolsonaro não será candidato a presidente pelo PP.
Por que eu não quero?
Por que eu não gosto?
CLARO QUE NÃO.

Expliquei, ali no post, que o PP se divide em correntes, e aparentemente a corrente majoritária, contrariando toda a suposta ideologia liberal-capitalista do partido, pretende apoiar o lulopetismo e a reeleição de Dilma, no plano federal — para manter suas boquinhas.
Informava, também, que setores do partido flertavam com Aécio Neves, pelas razões e fatos que ali expus.
Milhares de leitores pró-Bolsonaro ficaram furiosos comigo também por esta INFORMAÇÃO, como se eu fosse responsável por algo que, efetivamente, está acontecendo.
(Post de Ricardo Setti, de São Paulo, publicado originalmente a 6 de março de 2014 no blog que o autor manteve no site da revista VEJA de 2010 a 2015)